Estudantes, trabalhadores e representantes de movimentos sociais foram reprimidos nesta terça-feira (29), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eles estavam mobilizados contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. A proposta do governo Michel Temer já foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado Federal. A PEC visa a um ajuste fiscal congelando os investimentos da União por 20 anos.
Deputados e militantes identificam um processo articulado de criminalização dos movimentos sociais de esquerda. O tema foi debatido, nesta quarta-feira, em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que reuniu, principalmente, representantes dos movimentos estudantis e camponeses, como o MST.
Silvia Beatriz Adoue destaca tentativa de criminalização da luta não apenas pela reforma agrária, mas pela educação: "Esta postagem é para responder a todas e todos que me perguntam, preocupados".
Ha exatos 47 anos, os jornais de 5 de novembro de 1969 chegaram às bancas informando que, na noite anterior, forças policiais, sob o comando do Delegado Sérgio Fleury, mataram Carlos Marighella, um perseguido do regime ditatorial, na Alameda Casa Branca, em São Paulo.
Militar aparece ao lado de grupo detido. PM não cita seu paradeiro e nega saber de ação de inteligência.
Por Marina Rossi, do El País
Em entrevista à imprensa internacional, nesta sexta (2), a presidenta eleita Dilma Rousseff condenou a violência policial contra manifestantes que combatem o governo de Michel Temer nas ruas.
A Polícia Militar do Estado (PM-BA) reprimiu violentamente um protesto de estudantes da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), na última quinta-feira (01/09), em Salvador, contra a cassação do mandato da presidenta Dilma Rousseff. O ato acontecia no mesmo bairro onde a reitoria da Universidade está instada, no Cabula.
O golpe mal começou a ser colocado em prática e o presidente ilegítimo Michel Temer já mostra qual será o tom do seu governo. Manifestantes que saem às ruas na capital paulista pelo "Fora Temer", depararam-se com uma Praça de Guerra: Bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, pessoas ensanguentadas, chegando ao ponto da jovem Deborah Fabri perder a visão do olho esquerdo, durante o ato de quarta-feira (31).
Bombas e gás de pimenta lançados pela Polícia Militar dispersaram novamente nesta quinta-feira (1º/9) manifestação na capital paulista que pedia a saída do presidente da República, Michel Temer, e protestava contra a perda de direitos sociais. Desde o início da semana, em São Paulo, ao menos três manifestações contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer como presidente terminaram com ação truculenta e intolerante da polícia paulista.
A expectativa do ex-presidente do PSB e um dos coordenadores da Frente Brasil Popular, Roberto Amaral, após a cassação do mandato de Dilma Rousseff nesta quarta-feira (31), é de “um país em conflito”. Para ele, o programa a ser implementado pelo governo, a partir de hoje não mais interino, “vai requerer repressão do movimento sindical em geral, em particular dos petroleiros, e dos movimentos do campo”.
Conhecido repressor dos movimentos sociais, Alexandre de Moraes, até então secretário de Segurança Pública do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), assumiu o Ministério da Justiça e da Cidadania do governo golpista de Michel Temer. A nova pasta integrará o já existente Ministério da Justiça com o da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
A violenta repressão policial aos movimentos sociais e às manifestações que reivindicam direitos sociais é motivo de preocupação por parte da deputada Isaura Lemos e da vereadora Tatiana Lemos.