'Ao analisar o acervo dos interrogatórios na Operação Bandeirante (Oban) e no DOI-CODI de São Paulo identifiquei que esses órgãos eram mais que ferramentas para obter informações, eram instrumentos de poder”, declarou à Rádio Vermelho Mariana Joffily autora do livro ‘No Centro da Engrenagem’, que será lançado na próxima edição do Sábado Resistente, que ocorre no dia 17 de agosto, a partir das 14h, no Memorial da Resistência de São Paulo.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
As comissões Nacional e Estadual da Verdade do Rio de Janeiro ouviram hoje (12) dois militares que sofreram perseguição política e tortura na ditadura militar (1964-1985) por causa das preferências políticas ou discordâncias em relação a crimes cometidos pelo regime. Segundo o consultor da Comissão Nacional da Verdade Paulo, Ribeiro da Cunha, do Grupo de Trabalho Militares Perseguidos, os membros das Forças Armadas foram o grupo mais afetado.
A Frente de Escracho Popular (FEP) realizou um ato na Praça da Bandeira, no centro de Itatiba, a cerca de 80 quilômetros da capital paulista, para esculachar e exigir a exoneração do delegado Carlos Alberto Augusto, conhecido como Carlinhos Metralha ou Carteira Preta. O delegado é acusado em um processo judicial e apontado por entidades de direitos humanos de executar e torturar entre 1970 e 1977, como agente da ditadura militar. O esculacho ocorreu no sábado (4).
Uma casa abandonada no meio do canavial de uma fazenda em Jaborandi (SP), região de Ribeirão Preto, tida como mal assombrada por cortadores de cana, acabou por revelar de fato muitos fantasmas do passado. Em 2007, foram encontrados dentro da casa documentos pertencentes ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops). Entre eles, 110 fichas de perseguidos políticos e um Manual de Subversão e Contra-subversão. A história ganhará livro e documentário do projeto Memórias da Resistência.
O tenente-coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel foi escrachado por militantes da Articulação Memória, Verdade e Justiça do Rio; Lício participou do combate à Guerrilha do Araguaia e é responsável, direta e indiretamente, pelo assassinato e desaparecimento de cerca de 60 militantes.
Presos políticos e torturados durante o regime militar deram seus testemunhos em um ato, nesta terça-feira (11), às 13h. Manifestantes concentrados em frente ao Tribunal Regional Federal de São Paulo (TRF-SP), na avenida Paulista, São Paulo (SP), exigiam a aceitação da denúncia criminal contra o coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado pelo crime de sequestro qualificado e continuado do líder sindical Aluízio Palhano Pedreira Ferreira.
Por Deborah Moreira, da redação
Cerca de 600 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se concentram na Avenida Paulista para protestar contra a reintegração de posse do assentamento Milton Santos, onde 68 famílias vivem em Americana, região de Campinas (SP). Há sete anos as famílias produzem alimentos para municípios próximos. No entanto, uma decisão judicial ameaça a permanência na área.
O arquivo pessoal de um coronel que chefiou um dos órgãos de repressão da ditadura e que serão entregues à Comissão da Verdade do RS na semana que vem revela como os militares tentaram maquiar o cenário do atentado do Riocentro, em 1981.
Será lançado nesta terça-feira (6), na Livraria Cultura da Avenida Paulista, em São Paulo, a partir das 19h, o livro Os Cartazes desta História, uma compilação de 300 manifestações visuais – cartazes, documentos e fotografias – contra regimes ditatoriais e violações dos direitos humanos em países da América Latina. A obra faz parte do projeto Resistir é Preciso, do Instituto Vladimir Herzog.
Até 1930 a direita brasileira dispunha a seu bel prazer do Estado, colocava-o totalmente a serviço dos interesses primário-exportadores, desconhecendo as necessidades das classes populares. Getúlio fez a brusca transição de um presidente – Washington Luiz, carioca adotado pela elite paulista, como FHC – que afirmava que “Questão social é questão de polícia”, para o reconhecimento dos direitos dos trabalhadores pelo Estado.
Por Emir Sader, em seu blog
O Levante Popular da Juventude realizou um esculacho em Salvador (BA) contra a Rede Bahia de Televisão e um de seus donos, o candidato à prefeitura da capital baiana, Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto (DEM), o ACM Neto. Os manifestantes saíram em passeata da Avenida Cardeal da Silva até a frente da emissora, na rua Professor Aristides Novis, onde realizaram o protesto.
Em resolução unânime publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (17/9), integrantes da Comissão da Verdade oficializaram a decisão de que serão investigadas as violações de direitos humanos – a exemplo de tortura, desaparecimento e mortes – praticadas pelos agentes de Estado. Estão excluídos atentados ou supostas mortes de responsabilidade de opositores do regime militar.