Bastou um mês para que as pessoas mais avisadas percebessem que Jair Bolsonaro e seus aliados mais próximos não têm preparo nem estatura para governar um país com 210 milhões de habitantes, que está dividido e destruído moralmente, literalmente caindo aos pedaços.
Por José Luis Fiori*, no site do INEEP (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)
Poucos anos traduziram tão fielmente a dramática tensão entre o “o velho” e “o novo” como 1968. “As pessoas se deram conta de que estavam vivas, de que não precisavam mais se conformar com os papéis predeterminados que lhes queriam impor”, comentou o dramaturgo José Celso Martinez Correa, do Teatro Oficina. “Foi quando as pessoas perceberam que poderiam sair desses túmulos para viver em liberdade.”
Por André Cintra e Raisa Marques*
Mesmo com o forte crescimento e criação de empregos no período militar, os salários foram achatados e a distância entre ricos e pobres cresceu.
Por Beatiz Sanz e Heloisa Mendança, do El País
O documentário "Soldados do Araguaia", de Belisário Franca, mostra os sofrimentos infligidos pelo governo a quem lutou em nome do regime – ou seja, depoimentos de soldados que mesmo lutando pelo Estado, sofreram em sua mão
Alípio de Freitas, o ex-padre Alípio, acaba de falecer em Lisboa, a 13 de junho de 2017. Português de nascimento, naturalizado brasileiro, aos 88 anos, foi-se um revolucionário. Destemido, corajoso como poucos, culto, era um batalhador contra as injustiças sociais e os desmandos políticos.
Por Haroldo Lima*
O ex-padre português faleceu em Lisboa, nesta terça-feira (13). Foi professor universitário em São Luis (MA), um dos fundadores das Ligas Camponesas e da Ação Popular (AP) e atuou na resistência ao regime militar. Sua morte aos 88 anos, teve grande repercussão na imprensa de Portugal, onde também atuou como jornalista.
Neste mês, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) realizou a Mesa Redonda Imprensa e Censura, momento em que jornalistas que foram perseguidos, torturados e cassados durante a Ditadura Militar contaram suas experiências. Em nota emitida na terça-feira (29/04), a ABI disse que o marco dos 50 anos do golpe, completados este ano, “tem sido oportuno para uma revisão histórica, de modo que as gerações atuais e futuras possam compreender melhor esse período dramático da vida brasileira”.
O coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Pedro Dallari, pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que a Polícia Federal acompanhe as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre o assassinato do coronel reformado do Exército Paulo Malhães. Ele ganhou notoriedade recentemente após admitir ter participado de sessões de tortura e sequestros de militantes da esquerda durante o regime militar.
O coronel reformado Paulo Malhães, que declarou à imprensa ter desaparecido com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971, durante a ditadura militar, prestou depoimento nesta terça-feira (25) à Comissão Nacional da Verdade, no Arquivo Nacional, Centro do Rio, e voltou atrás no que havia dito dado na semana passada à Comissão Estadual da Verdade, quando disse ter desenterrado e lançado o corpo em um rio.
Admitir que foi errado apoiar o golpe foi provavelmente uma ação de marketing — destinada ao fracasso. Se a Globo confessar todos os pecados, o confessionário ficará ocupado por muitos anos.
Por Paulo Nogueira*, Diário do Centro do Mundo
O Globo divulgou no sábado (31) à tarde um comunicado, em que reconhece que seu apoio ao Golpe de 64 foi um erro.
Por Fernando Brito, Tijolaço
O juiz federal Francisco Alves do Santos Júnior, da 2ª Vara de Pernambuco, condenou a União a pagar uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais ao filho e netos de Gregório Bezerra, militante do comunista “preso e vilmente torturado por militares brasileiros, no início da ditadura militar no ano de 1964″, segundo registra o juiz em seu blog.