Quando nos unimos para defender um mesmo objetivo, a possibilidade de conquista é grande, diante da força da mobilização.
Por Miguel Torres* para Sindicato dos Metalúrgicos de SP e Mogi das Cruzes
Em reunião realizada nesta quarta-feira (14) na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, representantes das centrais sindicais definiram que a agenda de protestos do mês de junho deve ser reforçada em todo o país. Ganha força o dia 20 de junho, esquenta da greve geral, com a realização de atos contra as reformas trabalhista e previdenciária pelo Brasil. De acordo com os dirigentes, a unidade das centrais é o fio condutor da agenda de lutas.
Por Railídia Carvalho
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) defendeu, nesta terça-feira (13), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), com o seu relatório, o Projeto de Lei da Câmara (PLC 38/2017) de Reforma Trabalhista. Não apresentou alterações ao texto e recusou as mais de 200 emendas sugeridas na comissão. Por horas a oposição, argumentando pelos trabalhadores, acusou falhas no projeto. Foi ouvida pelos governistas, que não escutaram seus argumentos e sequer se deram ao trabalho de defender a Reforma.
Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, traz informações sobre pesquisa CUT Vox Populi. O estudo mostra que, com a reforma trabalhista, 89% dos brasileiros temem não conseguir sustentar a família.
Os senadores da oposição concluíram nesta terça-feira (13) a apresentação dos votos em separado contrários ao texto da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. O relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi lido nesta terça-feira, assim como os votos Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Lídice da Mata (PSB-BA). A votação ocorrerá no dia 20.
Com acesso restrito aos senadores e servidores credenciados pelo Senado, o PLC 38/2017, que trata da Reforma Trabalhista, iniciou hoje (13) a sua tramitação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), com a leitura do relatório do Senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) – o mesmo já apresentado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde o relator não apresentou qualquer proposta de alteração ao texto da Câmara dos Deputados, ou seja, abrindo mão do papel de legislador do Senado Federal.
São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia prosseguem de 12 a 16 de junho mobilizados rumo à greve geral indicada pelas centrais sindicais para o dia 30 de junho. Nesta segunda-feira (12) foram definidas assembleias e realizadas blitzes a parlamentares em aeroportos do país. As centrais de trabalhadores unificadas preparam nova greve contra as reformas da Previdência Social e trabalhista e pedem a renúncia do presidente ilegítimo Michel Temer.
Nesta segunda-feira (12), pouco antes da reunião da executiva nacional do PSDB, que discutira o desembarque ou não do governo de Michel Temer, o relator da reforma trabalhista no Senado, o tucano Ricardo Ferraço (PSDB-ES), defendeu que a legenda entregue os cargos por conta das "denúncias devastadoras" contra Temer.
A reforma trabalhista defendida pelo governo Temer, setores do empresariado e parte do Congresso Nacional é tão agressiva que rebaixa o próprio patamar civilizatório do Brasil.
Continua aberta no site do Senado Federal a pesquisa popular sobre apoiar ou não o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 37 sobre a reforma trabalhista. Até este sábado (10) 128.828 internautas eram contrários à proposta e apenas 5.666 se declararam favoráveis. Para votar clique AQUI.
Apesar de ser um projeto que atinge todos os brasileiros, a tramitação do projeto de reforma trabalhista segue em ritmo acelerado no Congresso Nacional. Aprovado pela Câmara dos Deputados, o PLC 38/2017 está em debate na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e deve ir à votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) até o dia 28 de junho.
"Faltaram apenas dois votos. Foi por muito pouco. Acho que podemos tirar por lição e nos empenharmos ainda mais no corpo a corpo com os senadores. Temos que ir na base de cada um dos parlamentares", ressaltou o presidente da Nova Central de Trabalhadores José Calixto Ramos sobre a aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.