A base aliada e o próprio governo davam como certa a aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Para acelerar o trâmite da proposta, o relator do texto, o tucano Ricardo Ferraço (PSDB-PR), decidiu não alterar a proposta, já que alteração levaria o texto de volta para análise da Câmara dos Deputados.
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado rejeitou por 10 a 9 o parecer do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que era favorável ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38 da reforma trabalhista. Foi aprovado simbolicamente o relatório do senador Paulo Paim contra a reforma. O PLC segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Para dirigentes das centrais ouvidos pelo Portal Vermelho, o resultado mostra que a mobilização sindical e popular influenciou o voto dos senadores.
Por Railídia Carvalho
Nesta terça-feira (20), a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou, por 10 votos a 9, a proposta de reforma trabalhista apresentada pelo governo de Michel Temer. O resultado representa uma derrota para o governo, que contava com os votos para a aprovação.
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) inicia a reunião desta terça (20) para votar o PLC 38/2017, que trata da reforma trabalhista. Acompanhe.
Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) desde 2006, Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, é uma das vozes do Judiciário contra a reforma Trabalhista e a Terceirização.
Ao definir como base para a indenização o salário da vítima, o projeto estabelece que a vida de um engenheiro vale mais que a de um servente.
Por Guilherme Boulos*
Os mais de 108 delegados de 39 países reunidos de 13 a 15 de junho na Conferência Mundial UNI Comércio, na Alemanha, aprovaram, por unanimidade, a moção de repúdio apresentada pelo dirigente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Guiomar Vidor. O documento repudia o Governo Temer e o projeto de Reformas em curso no Brasil. Vidor também é presidente da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecosul).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, neste domingo (18), da posse da nova direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Em seu discurso, Lula afirmou que o governo Temer e o consórcio da direita conservadora “querem jogar a crise do país em cima dos trabalhadores e dos aposentados” e reforçou que “a saída é fazer a economia crescer, gerar emprego, aumentar salários”.
Ao se manter na base do governo, partido consolidou a negação de sua própria origem, mas aposta na aprovação das reformas. Temer sabe que, se o PSDB abandonar o Planalto, os demais partidos vão segui-lo.
A entidade “não proferiu nenhum parecer sobre o projeto de lei”, afirma o escritório brasileiro por solicitação do senador Lindbergh Farias.
Com ampla cobertura da mídia que representa o grande capital, a manifestação do ex-ministro Mailson da Nobrega ganhou o destaque que as tantas manifestações públicas de repúdio às “reformas” trabalhista e previdenciária não têm.
Por Valdete Souto Severo*, no Justificando
O senador Lindbergh Farias (RJ), líder do PT, voltou a rechaçar as reformas trabalhistas e Previdenciária e disse que não há condições para o Congresso Nacional discutir tais propostas, diante do cenário de incertezas e desgaste do governo de Michel Temer.