Michel Temer forjou a sua trajetória política na fama de ser um "exímio negociador" no balcão de negócios que ele criou na política. Com uma rejeição popular recorde e envolvido numa série de escândalos, Temer não consegue recompor e vê a sua base aliada derreter entre os dedos e a reprovação da reforma trabalhista, que dava como certa, pode ser a primeira derrota.
Por Dayane Santos
Em entrevista coletiva, o senador Hélio José (PMDB/DF) denuncia o governo de transformar o Congresso Nacional num balcão de negócios para aprovar as reformas trabalhista e previdenciária e retaliar os parlamentares que não se enquadram em seu projeto, que o senador peemedebista classificou de “ridículo”
"É muito importante que os trabalhadores de todas as entidades filiadas intensifiquem esta luta, cruzando os braços e realizando manifestações em repúdio aos textos apresentados sobre as reformas", diz trecho da nota divulgada nesta sexta-feira (23) pela Força Sindical reafirmando a participação nos atos do dia 30 contra as reformas. A União Geral dos Trabalhadores também confirmou presença e desmentiu notícia da Revista Època.
A contrarreforma trabalhista em tramitação no Senado é o mais sério golpe aos direitos e conquistas da classe trabalhadora já observado em nossa história. Nem mesmo o regime militar – apesar da violência e perseguições que promoveu – foi tão longe nos ataques à legislação que protege nosso povo trabalhador. A proposta dificulta o acesso dos assalariados à Justiça, permite o aumento da jornada, a redução de salários e benefícios e a precarização generalizada dos contratos.
Vagner Freitas anuncia paralisações em todos o país e reforça denuncia a ataques golpistas. O momento não é de negociar redução de danos com golpista que respira por aparelhos e muito menos desistir das mobilizações com a ilusão de que é possível negociar com o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) porque estaria fragilizado.
O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) apresentou o primeiro voto em separado (relatório alternativo) contra a reforma trabalhista na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A votação do projeto de lei da Câmara (PLC 38/2017) na comissão está prevista para a próxima quarta-feira (28).
Com ampla cobertura da mídia que representa o grande capital, a manifestação do ex-ministro Mailson da Nobrega ganhou o destaque que as tantas manifestações públicas de repúdio às “reformas” trabalhista e previdenciária não têm.
Por Valdete Souto Severo*
Atletas de clubes das séries A e B prometem novos protestos e não descartam greve caso o Congresso Nacional ignore suas reivindicações
"Uma reforma que acaba com os direitos e destrói o futuro da nação", denunciou o presidente da CTB, Adilson Araújo, em debate realizado pelo Conselho Sindical Regional de Sorocaba, que discutiu as reformas Trabalhista e da Previdência.
O projeto de reforma trabalhista-sindical (PLC 38/17) deu mais um passo, nesta quarta-feira (21), com a leitura do parecer favorável do relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Foi aprovado na semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e rejeitado, na terça-feira (20), na de Assuntos Sociais (CAS).
Para Pedro Rossi, as reformas estruturais do presidente visam impedir o desenvolvimento de políticas sociais adotadas nos governos anteriores.
Mais de 135 mil internautas responderam à enquete do Senado sobre a reforma trabalhista apresentada pelo governo Michel Temer e 95,7% defendem que o projeto deve ser rejeitado. O projeto de lei complementar (PLC 38/17) está sob a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), depois de ter sido rejeitada pela Comissão de Assuntos Sociais da Casa.