“Esta reforma trabalhista vai na contramão do seu direito, trabalhador e trabalhadora”, declarou à TV da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). A parlamentar convocou a população brasileira para se mobilizar no dia 11 de julho, data em que a reforma trabalhista deverá ser votada no plenário do Senado.
Para Marcio Pochmann, economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a proposta de reforma trabalhista do governo Temer, que modifica mais de 300 artigos da CLT, não vai melhorar a vida do trabalhador nem contribuirá para criar empregos. Vai apenas dar ainda mais poder aos empresários, com risco de estrangular o mercado consumidor interno.
O trabalho intermitente ou contrato zero hora é um dos itens mais criticados da reforma trabalhista, que poderá ser votada no dia 12 de julho no plenário do Senado. Estudo do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho da Unicamp (Cesit) afirma que essa forma de contratação será “eficiente” em criar instabilidade e rebaixar a remuneração do trabalhador.
Em vídeo especial para a TV CTB, parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal convocam a classe trabalhadora e a sociedade de maneira geral a ocupar Brasília no próximo de 11 de julho contra a Reforma Trabalhista.
"Direito não é moeda de troca", avisou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, ao citar proposta de Medida Provisória como paliativo à Reforma Trabalhista, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38, que rasga a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e acaba com direitos consagrados da classe trabalhadora. "Um coisa precisa ficar clara não dá pra trocar a CLT pela MP. Precedente grave", destacou o dirigente.
Em um momento de reformas e ameaças a direitos, os metalúrgicos da CUT no estado de São Paulo abriram nesta terça-feira (4) a campanha salarial deste ano com entrega da pauta de reivindicações aos grupos e sindicatos patronais. São quase 200 mil trabalhadores, com data-base em 1º de setembro. Assegurar a ultratividade, que preserva direitos das convenções passadas, até assinatura de nova convenção é reivindicação da categoria. Reforma trabalhista extingue a ultratividade.
Ataque aos direitos dos trabalhadores pode ganhar caráter de urgência para votação no Senado. De acordo com o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), o governo atua contra a sociedade brasileira para aprovar a proposta de reforma trabalhista (PLC 38/2017) e sinalizar estabilidade ao mercado financeiro.
A “reforma” trabalhista em fase final de tramitação no Senado foi o tema do programa Momento Bancário com a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, exibido nesta terça-feira (4). “O projeto é todo ruim. É até difícil ressaltar o que é pior”, comentou o advogado trabalhista Angelo Antonio Cabral, mestre em Direito pela Universidade de São Paulo.
Em entrevista à Rádio Arapuan, da Paraíba, nesta quarta-feira (5), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a questionar a credibilidade do atual governo. “As pesquisas demonstram que o Temer é uma margem de erro. Um cara que só tem 3% não tem nada”, avaliou Lula, em referência ao índice de aprovação de Michel Temer.
Com o objetivo de garantir a aprovação das reformas trabalhista (PLC 38/2017) e da previdência, grupos patronais como a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estão empenhados em livrar a gestão de Michel Temer do naufrágio.
Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmaram após aprovação, nesta terça-feira (4), do regime de urgência para votação da reforma trabalhista no Senado que não haverá trégua aos senadores. Foram 46 votos a favor e 19 contra o regime de urgência. A expectativa é que a reforma seja votada no dia 12 de julho.
Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmaram após aprovação, nesta terça-feira (4), do regime de urgência para votação da reforma trabalhista no Senado que não haverá trégua aos senadores. Foram 46 votos a favor e 19 contra o regime de urgência. A expectativa é que a reforma seja votada no dia 12 de julho.