A sombra das reformas trabalhistas está pairando sobre o Senado. Cada passo em sua direção é um reencontro do Brasil com sua ditadura profunda, com a permanência da escravidão e com o gozo relinchante da desigualdade escondido no semblante sério dos economistas da modernização.
Por André Bojikian Calixtre*
No Parlamento Europeu, em Bruxelas, o coordenador da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos, denunciou a reforma trabalhista aos eurodeputados.
A reforma trabalhista, prevista para ser votada nesta terça-feira 11 no Senado Federal, banaliza o trabalho escravo e dificulta o seu combate, de acordo com especialistas que atuam na erradicação do crime no país.
Por Ana Magalhães para Repórter Brasil
Em protesto contra a reforma trabalhista, as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB), Fátima Bezerra (PT-RN) e Gleisi Hoffman (PT-PR) ocuparam a mesa como forma de resistir ao retrocesso proposto pelo governo de Michel Temer.
Milhares de metalúrgicos de diversas fábricas e montadoras do ABC paulista ocuparam, desde o início da manhã desta terça (11) a Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, contra a proposta de reforma trabalhista do governo de Michel Temer, que deve ser concluída, em votação no plenário do Senado marcada para esta terça-feira (11). A mobilização dos trabalhadores da Mercedes-Benz, Ford, Volkswagen e Scania se encerrou no final da manhã.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) classificou a reforma trabalhista como uma “selvageria’” que leva o país aos padrões do século 19, “quando o trabalho era considerado mera mercadoria como um quilo de sal ou de banana”.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) e 13 entidades, entre elas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados Brasil (OAB), divulgaram nota pública nesta segunda-feira (10), criticando a votação do projeto de reforma trabalhista que tramita no Congresso Nacional.
Com uma tramitação marcada por manobras e contrariando a vontade popular, o Senado votará nesta terça-feira (11) a reforma trabalhista proposta pelo governo de Michel Temer. Os senadores da oposição já avisaram que a disposição é de muita luta para barrar o texto e apresentaram 33 requerimentos para votação em separado de diferentes trechos.
Por Dayane Santos
Às vésperas da votação final da reforma trabalhista no plenário do Senado, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) respondeu consulta das seis centrais sindicais brasileiras, feita em 16 de junho, que trata da violação dos acordos internacionais que o Brasil assinou e tem a obrigação de respeitar.
O projeto de Lei da Câmara (PLC) 38 que trata da reforma trabalhista está na pauta do plenário do Senado para ser votado nesta terça-feira (11). Lideranças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e parlamentares de oposição prometem não dar trégua aos senadores reivindicando a rejeição da proposta.
A solução por cima, a do mercado, garante a permanência de uma política econômica concentradora de renda.
Por Roberto Amaral*
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, negou o pedido de parlamentares da oposição para suspender a tramitação da reforma trabalhista, prevista para esta terça-feira (11).