Crítico severo da “reforma” trabalhista do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP), a Lei n. 13.467/17, o professor Jorge Luiz Souto Maior, livre-docente de Direito do Trabalho da USP e desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), com sede em Campinas, previu, em 2017, o que está acontecendo no Brasil nos últimos meses.
Nesta quarta-feira (29) serão realizadas assembleias com bancários de todo o país para votação da proposta final da mesa de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Pressão dos bancários nas negociações e paralisações nas agências, garantiram renovação da Convenção Coletiva e 5% de aumento. A orientação do Comando é que os trabalhadores aprovem a proposta.
Por Railídia Carvalho
Em meio a uma das conjunturas mais difíceis para a classe trabalhadora brasileira, com uma reforma trabalhista que precariza as condições de trabalho e ataca a organização sindical, os bancários e bancárias garantiram uma proposta de acordo válida por dois anos, com a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e reajuste de 5% em 2018 – aumento real de 1,18%, além da reposição total da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para salários e demais verbas em 2019.
Dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST) revelam uma queda de 62% neste ano nas ações trabalhistas ajuizadas contra bancos. “Não caiu porque os bancos estão se adequando à legislação mas sim pelo fato de que o temor de uma derrota judicial está inibindo que trabalhadores ingressem com novas ações. Mais um efeito perverso da reforma trabalhista”, afirmou ao Portal Vermelho Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia.
Por Railídia Carvalho
Pouco mais de um ano após a reforma trabalhista, o fim do imposto sindical obrigatório desestruturou as finanças dos sindicatos de trabalhadores; por outro lado, entidades patronais ganharam reforços de recursos por meio do chamado "Sistema S" – conjunto de organizações que inclui Senai, Sesc, Sesi e Sebrae mantidas com contribuições recolhidas da folha de pagamento de empresas.
Por Rute Pina
O economista Márcio Pochmann afirmou que a "reforma trabalhista de Temer atende aos interesses dos bancos, o setor de lucros extraordinários no Brasil".
Os dados divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no último trimestre (abril, maio e junho) houve uma redução dos trabalhadores com carteira assinada no setor privado, aumento no número de pessoas que não estão procurando emprego. É o que o IBGE chama de desalentados que são 400 mil brasileiros.
Foi como se os movimentos sociais e de trabalhadores tivessem sofrido vários "7 a 1" políticos, diz o analista político Marcos Verlaine, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), sobre as votações no Congresso depois do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. O instituto elaborou uma relação (confira quadro) com várias matérias aprovadas desde então – todas desfavoráveis, tendo como exemplo mais conhecido a "reforma" trabalhista, no ano passado.
Por Vitor Nuzzi
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou um balanço das mesas de negociações entre trabalhadores e patrões desde que a reforma trabalhista foi aprovada. A entidade constatou que as mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional entraram fortemente na pauta.
Um dia depois de um trabalhador terceirizado ser enterrado em Ipatinga (MG) enquanto realizava uma operação na Usiminas, a empresa registra mais um grave acidente de trabalho. Nesta sexta-feira (10) uma explosão no gasômetro da empresa pode ter ferido até 30 trabalhadores, segundo informou ao Portal Vermelho o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e região, Geraldo Magela Duarte. Os números ainda não são oficiais.
Por Railídia Carvalho
O Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, com o apoio da Fitmetal, assinou nesta quarta-feira (8) um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que irá beneficiar cerca de 18 mil trabalhadores e trabalhadoras do setor automotivo. A negociação antecedeu a Campanha Salarial Unificada dos Metalúrgicos de Minas Gerais, que conta com o trabalho acumulado de três federações (Fitmetal/CTB, Femetal/FS e Fem/CUT).
Com a legalização de formas fraudulentas de contrato de trabalho, trabalhadores e trabalhadoras chegam ao final do mês sem conseguir ganhar sequer um salário mínimo para sustentar a família e ainda correm o risco de ter o direito à aposentadoria ameaçado no final da vida, mesmo após anos de trabalho, pois não terão recursos para contribuir mensalmente.
Por Tatiana Melim