A reforma administrativa e ministerial anunciada na sexta-feira (2) pela presidenta Dilma Rousseff ajuda, segundo cientistas políticos, a reorganizar as relações do governo com a base aliada no Congresso Nacional, em especial na Câmara dos Deputados. Mas eles dizem que ainda é cedo para dizer se a “mexida” trará resultados efetivos em votações polêmicas, como a da “nova CPMF”.
Em discurso no Plenário, nesta sexta-feira (2), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) fez uma análise da reforma ministerial promovida pela presidenta Dilma Rousseff. De acordo com a parlamentar, as novas nomeações ajudarão na resolução da crise política e dos conflitos entre parlamentares da base governista e o Executivo.
No programa Diálogos com Renato Rabelo, o ex-presidente nacional do PCdoB reflete sobre a reforma ministerial anunciada pela presidenta Dilma Rousseff nesta sexta-feira (2). Para ele, a reforma foi uma importante medida da presidenta para “consagrar essa nova conformação governamental”.
Por Eliz Brandão, para a Rádio Vermelho
O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, defendeu nesta sexta-feira (2) uma unidade dentro do PMDB.“Temos que reunificar o partido. Essa divisão não interessa a ninguém. Não interessa ao PMDB, não interessa aos peemedebistas e a meu juízo é prejudicial ao governo”, afirmou.
Mas tudo isso são situações que deve ser entendida a partir de uma visão global, levando-se em conta a “floresta” e não a “árvore”, que, em última instância, é determinada pela correlação de forças e pelos desafios concretos de um dado momento histórico.
O Palácio do Planalto confirmou a saída de Arthur Chioro do comando do Ministério da Saúde. De acordo com a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, o ministro foi informado pela presidenta Dilma, na semana passada, sobre a possibilidade de o ministério ser oferecido ao PMDB.
A presidenta Dilma Rousseff continuou nesta terça-feira (29) as conversas para definir a reforma administrativa. Ela se reuniu com o vice-presidente Michel Temer, que é também presidente do PMDB. Ao ser chamado por Dilma, Temer reforçou posição manifestada anteriormente de que não faria indicações em nome do partido para que a presidenta pudesse fazer as escolhas que considerasse mais adequadas.
Mantendo o compromisso assumido pela presidenta Dilma Rousseff de sustentar um amplo diálogo, o ministro do Planejamento , Nelson Barbosa, disse nesta terça-feira (25) que a discussão sobre quais dos dez ministérios serão atingidos pela reforma ministerial proposta pelo governo ocorrerá após uma ampla discussão com todos os setores da sociedade.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avaliou como positivo o anúncio feito pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, nesta segunda-feira (24) de que o governo vai cortar dez ministérios e mil cargos de confiança.
O governo da presidenta Dilma Rousseff aponta na direção de uma recomposição da base aliada neste segundo semestre. O ministro do Planejamento Nelson Barbosa informou, nesta segunda-feira (24), que o governo vai apresentar uma proposta de reforma administrativa até o final do mês de setembro com o objetivo de modernização da gestão. Por outro lado, o vice-presidente Michel Temer, anuncioiu que vai concentrar sua atuação na articulação política do governo no diálogo com Legislativo e Judiciário.
A presidenta Dilma Rousseff realizou encontro com ministros ligados ao seu partido, o PT, na última quinta-feira (6). Segundo especulações da grande mídia, presidenta estaria criando as condições para redefinir a base do governo, diante do agravamento da crise política.
Por Dayane Santos
Após a divulgação dos nomes dos novos ministros, a presidenta Dilma Rousseff participou de uma rápida confraternização com os atuais ministros de seu governo no Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (24).