Em muitos estados brasileiros, a expectativa de vida para homens não chega a 70 anos. Em Alagoas Piauí e Maranhão, a esperança de vida projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, é de 66 anos para os homens. No Brasil, a média é de 75 anos. Mesmo assim, subir a idade da aposentadoria para 70 anos está entre as propostas do presidente interino Michel Temer (PMDB) para reformar a Previdência.
A reforma previdenciária que está sendo elaborada pelo governo Michel Temer vai prejudicar sobretudo as mulheres: o Palácio do Planalto vai propor que a diferença no tempo de contribuição dos homens e mulheres seja reduzida de 5 para 3 anos. Hoje os homens precisam contribuir por 35 anos, e as mulheres, por 30. O Planalto também quer que a idade mínima de aposentadoria seja fixada em 65 anos.
O valor de R$ 880 do salário mínimo atualmente é uma conquista da sociedade brasileira, fruto da política de reajuste acima da inflação implementada pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e responsável por distribuir renda, dinamizar a economia e valorizar o trabalhador.
100 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais ocuparam nesta quinta-feira (16) agências, gerências e superintendências da Previdência Social de centenas de municípios, espalhados por 11 estados. O número superou a expectativa do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR). As mobilizações são contra o retrocesso nos direitos dos(as) trabalhadores(as), especialmente no que diz respeito à Previdência Social.
Milhares de trabalhadores rurais estarão nas ruas nesta quinta-feira (16) em todo o Brasil protestando contra a reforma da previdência proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer. O protesto reivindica a volta do Ministério da Previdência Social junto ao do Trabalho e Emprego e a independência do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Outra pauta prioritária é informar à população que o trabalhador rural, ao contrário do que pensa o senso comum, também é um contribuinte da previdência.
Vendido pelos meios de comunicação e pelo empresariado como o salvador da Pátria, o presidente interino Michel Temer vê aumentar a imagem negativa da agenda antipopular imposta aos brasileiros. Segundo pesquisa da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Instituto Vox Populi, 77% dos entrevistados consideram a proposta de reforma da Previdência do governo interino prejudicial aos trabalhadores e aos mais pobres.
CTB e Frente Brasil Popular realizaram nesta terça-feira (31), em frente às agências do INSS de todo o Brasil, uma mobilização nacional contra os ataques à Previdência Social planeados por Michel Temer e seu governo interino. A ação aconteceu simultânea ao lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência do Senado
A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Frente Brasil Popular (FBP) se preparam para realizar nesta terça-feira (31) uma mobilização nacional contra os ataques à Previdência Social planejados por Michel Temer e seu governo interino. A ação foi acolhida pela Frente Brasil Popular e acontecerá em diversos estados, simultânea ao lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência do Senado.
A aprovação da admissibilidade do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff no Senado nesta quarta-feira (11) faz ganhar força a reforma da previdência nos moldes de um governo Michel Temer (PMDB). Idade mínima para homens e mulheres de 65 anos e a desvinculação do salário mínimo de benefícios prejudicam duplamente o trabalhador rural. Dirigentes de entidades de trabalhadores afirmam que a ordem agora é combater com unidade a ameaça aos direitos.
Por Railídia Carvalho
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) vai realizar este mês um debate sobre temas fundamentais do mundo do trabalho que fazem a diferença na vida do trabalhador e da trabalhadora e estão na ordem do dia no país. O seminário Previdência, Seguridade e Terceirização será nos dias 19 e 20 de maio, em São Paulo, e está com as inscrições abertas. Clique AQUI para se inscrever.
Pesquisa do IPEA mostra que discussão sobre reforma da previdência não pode desconsiderar desigualdades históricas de gênero e raça.
Um artigo de André Singer na Folha de S. Paulo do último sábado explicou o inevitável conflito de classes entre trabalhadores e empresários nas discussões sobre a Previdência e enfatizou as dificuldades criadas por esta disputa nos rumos da aliança produtivista entre capital e trabalho, ou seja, nos rumos do Compromisso pelo Desenvolvimento.
Por João Guilherme*