A reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro (PSL) também terá consequências para quem já recebe uma aposentadoria ou pensão do INSS. As mudanças aprovadas nesta terça-feira (22) pelo Senado criarão barreiras para a revisão e o acúmulo de benefícios.
"Os manifestantes veem que seus pais e avós recebem aposentadorias de miséria, 80% delas abaixo do salário mínimo e 44% da linha de pobreza. Percebem que, dessa forma, não há capacidade de sobreviver dignamente”, diz Andras Uthoff, professor da Faculdade de Economia e Negócios da Universidade do Chile e doutor em Economia pela Universidade de Berkeley, para quem o descontentamento com o sistema de previdência é uma das razões que tem levado milhares às ruas no Chile.
A Reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno ontem no Senado Federal, é um verdadeiro ataque aos direitos da classe trabalhadora. O projeto, além de não combater privilégios, é um ajuste fiscal disfarçado de reforma, que diminui a renda dos mais pobres, dificulta o acesso à aposentadoria e aprofunda desigualdades sociais.
Por Jean Paul Prates*
Ouso enfiar minha colher no debate sobre a reforma da Previdência. Desconfio que a reforma é anacrônica. Anacrônica porque desconsiderava o terremoto tecnológico e financeiro que está a abalar os “velhos” mercados de trabalho da Era Fordista. Construídos sobre as garantias de estabilidade das relações salariais e das políticas econômicas nacionais de pleno emprego, os “velhos” mercados de trabalho sucumbiram às peripécias do Velho Capitalismo.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo*
O senador Weverton Rocha (PDT-MA), líder do PDT no Senado, afirmou, que os partidos da oposição trabalharão por uma reforma da Previdência justa com os trabalhadores. O parlamentar disse que, nesta semana, conversará com os líderes partidários para definir a melhor estratégia para manter direitos adquiridos e garantir que as mudanças no sistema previdenciário não prejudiquem a vida dos trabalhadores brasileiros.
Na única audiência do Senado aberta aos setores que são contra e a favor da reforma da previdência, a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, propôs aos senadores que retirassem da pauta a proposta e apresentou alternativas ao R$ 1 trilhão que o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer economizar à custa da população mais pobre do país.
Por Iram Alfaia
O subsídio para os pobres pós-reforma será muito menor, e não maior como alegam os cálculos do governo.
Por Pedro Paulo Zahluth Bastos*
O subsídio para os pobres pós-reforma será muito menor, e não maior como alegam os cálculos do governo
Por Pedro Paulo Zahluth Bastos*
Os municípios brasileiros devem ficar mais pobres com a aprovação das novas regras previdenciárias contidas na Proposta de Emenda Constitucional (PEC 6/2019) em tramitação no Senado. Essa é a avaliação dos especialistas ouvidos nesta segunda-feira (9) pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) para debater o impacto da reforma da Previdência nos municípios.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), desmentiu nesta sexta-feira (6) notícia veiculada pela imprensa acerca da existência de um acordo para votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 6/2019) – Reforma da Previdência –, em plenário, já na próxima quarta-feira (11) desrespeitando assim o acordo feito anteriormente pelos líderes partidários.
Quase 900 sindicalistas, senadores e deputados federais realizaram nesta terça-feira (3) o Ato Contra a Reforma da Previdência, no auditório Petrônio Portela, no Senado. Organizado pela Frente Parlamentar Mista em defesa da Previdência Social, o evento suprapartidário conclamou os presentes para a necessidade de uma maior pressão sobre os senadores nos seus Estados a fim de evitar danos maiores na votação da proposta naquela Casa.
Por Iram Alfaia
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) afirmou que o governo federal enganou os policiais e bombeiros militares pela segunda vez. “Enganou na reforma da Previdência, quando não encaminhou a proposta prometida aos policiais mesmo garantindo que enviaria junto com a Previdência da Forças Armadas; e enganou agora, novamente, quando instalou a Comissão Especial da Previdência das Forças Armadas e a situação dos policiais não estava incluída”, lembrou.