Diante da incontestável falta mão de obra no INSS, o governo quer trabalhadores temporários; os sindicatos, permanentes. No início de 2019, o INSS tinha 33 mil profissionais. Agora, são 23 mil.
As principais lideranças da esquerda francesa se uniram nesse domingo (5) em apoio à mobilização contra o projeto de reforma da Previdência. Os representantes dos principais partidos deixaram suas diferenças de lado e assinaram uma tribuna conjunta que coincide com a entrada do movimento em seu segundo mês.
Aposentadorias do INSS passam a ter exigências mais duras. As novas regras prejudicam sobretudo os trabalhadores que estavam a poucos anos de se aposentar
O corpo de dança, a orquestra e técnicos da Ópera de Paris resolveram protestar oferecendo um espetáculo, em plena rua.Eles estão em greve há 15 dias contra o projeto de reforma da Previdência do governo francês.
“As regras para o cidadão conseguir se aposentar estão bem mais duras”
Os franceses iniciaram uma batalha contra uma reforma no regime de pensões que nem sequer foi anunciada. Na última vez em que o governo tentou impulsionar uma mudança assim, nos anos 1990, acabou desistindo.
O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) conseguiu liminar na Justiça que proíbe a cobrança de contribuição previdenciária extraordinária de servidores públicos. A regra foi estabelecida na Emenda Constitucional 103, a da nefasta reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro, promulgada no mês passado.
A República brasileira está prestes a completar 130 anos, mas o atual momento vivido pelo país retira qualquer possibilidade de comemoração. Desde a redemocratização, conquistada com muita luta e sangue daqueles que resistiram, o Brasil nunca viveu um momento tão anti-republicano. Afinal, o modelo republicano é aquele em que o Estado se constitui de maneira a atender os interesses do povo e no qual o povo é soberano, justamente o contrário do que estamos assistindo.
O ano de 2019 foi perdido. Os resultados do governo Bolsonaro levam o Brasil a andar para trás. A promulgação da Reforma da Previdência, nesta terça-feira (12), representa um dos maiores retrocessos nacionais num dos piores momentos da história brasileira.
Com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 da reforma da Previdência, que deve ser promulgada no próximo mês pelo Congresso Nacional, teremos daqui a dez anos velhos mais pobres no país.
Mais um duro ataque à classe trabalhadora brasileira, em especial às mulheres, foi desferido ontem. A reforma da Previdência é cruel para todos, mas ainda pior para nós.
Por Abigail Pereira*