As eleições no Equador são o destaque da cientista política Ana Prestes nesta quarta-feira (10). Nos EUA, Senado considerou constitucional pedido de impeachment de Trump, Biden mantém sanções ao Irã e governo americano afirma que deseja fortalecer relações com o Brasil. Protestos no Chile, crise política em El Salvador e no Haiti, manifestações em Myanmar contra o golpe militar e a missão da OMS para investigar origem do coronavírus são outros assuntos da nota internacional.
Prédios públicos foram queimados e houve tentativa de saque a um banco
Andrea Garafulic Aguirre foi morar em Santiago dois meses antes dos protestos
O governo que mais violou os direitos humanos no Chile, desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), é o atual, do megaempresário neoliberal Sebastián Piñera. A definição é da diretora da Anistia Internacional Ana Piquer, e está respaldada por outras entidades, como a Human Rights Watch, e por números da própria entidade e do Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile (INDH). Por Victor Farinelli, para o Brasil de Fato
Em entrevista ao canal TVN neste domingo (1), presidente chileno disse não se sentir intimidado “por ações judiciais impulsionadas pela esquerda”.
Na manhã desta quinta-feira (16), um grupo de trabalhadores do canal público TVN (Televisão Nacional do Chile), ocupou o estúdio do programa de debates matutino “Muy Buenos Días”, que transmitia ao vivo, para fazer um protesto contra a forma como o canal vem cobrindo as manifestações no país desde o início da revolta social no país.
Antes do início das manifestações diárias, o país viveu dez meses de turbulências econômicas que servem para explicar o que aconteceu depois, embora sejam os mesmos problemas que o país enfrenta há décadas
Após um mês de protestos, com dezenas de milhares de manifestantes nas ruas, o Congresso do Chile anunciou, nas primeiras horas desta sexta-feira (15), um acordo histórico entre governo e oposição: será convocado para abril de 2020 um plebiscito sobre uma nova Constituição, que substituirá a atual Carta Magna, promulgada sob a ditadura de Augusto Pinochet. É uma vitória da mobilização popular que emparedou o governo neoliberal de presidente Sebastián Piñera e cobrou profundas reformas sociais.
Um tribunal em Santiago acatou uma denúncia contra o presidente do Chile, Sebastián Piñera, e outras autoridades do país, por responsabilidade em supostos crimes contra a humanidade cometidos durante a crise social que o Chile vive há quase três semanas e que matou 20 pessoas. A ação foi encaminhada por 16 advogados de organizações de direitos humanos, segundo informação divulgada na noite de quarta-feira (06/11) pela imprensa local.
Enquanto vê o seu próprio governo em ruínas por não ter projeto a oferecer ao Brasil, Jair Bolsonaro segue imbatível ao menos num quesito: propagar mentiras. Sua obsessão em produzir fake news é tamanha que não raro ultrapassa os limites da fronteira nacional e a vergonha passa a ser tipo exportação.
A revolta da população chilena é uma demonstração que falhou naquele país a aplicação da política neoliberal do governo de Sebastián Piñera. Segundo o professor da Faculdade de Economia da Universidade do Chile, Andras Uthoff, os manifestantes veem que seus pais e avós recebem aposentadorias de miséria, 80% delas abaixo do salário mínimo.
"Os manifestantes veem que seus pais e avós recebem aposentadorias de miséria, 80% delas abaixo do salário mínimo e 44% da linha de pobreza. Percebem que, dessa forma, não há capacidade de sobreviver dignamente”, diz Andras Uthoff, professor da Faculdade de Economia e Negócios da Universidade do Chile e doutor em Economia pela Universidade de Berkeley, para quem o descontentamento com o sistema de previdência é uma das razões que tem levado milhares às ruas no Chile.