Leilão da CBTU Minas está programado para a próxima quinta-feira
Proposta de Lula defende “abrasileirar o preço dos combustíveis e ampliar a produção nacional”. Investidores e acionistas temem mudanças que interfiram em seus lucros
De acordo com a última sondagem realizada pelo PoderData, chega a 55% a proporção dos que são contrários à proposta de Bolsonaro de desestatizar a empresa.
Para conseguir isso, uma tarefa nada fácil diante do prazo exíguo, Bolsonaro conta como aliado o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que nunca escondeu esse desejo
Nesta segunda-feira (13), o governo vai vender ações nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York afim de deixar o controle majoritário da empresa
Na prática, trata-se do fim do modelo de partilha, que a FUP, junto com os movimentos sociais e a academia brasileira, ajudou a construir
“Cerca de 33 milhões de brasileiros estão passando fome. As pessoas são obrigadas a escolher entre comprar comida ou pagar a conta de luz, que não para de subir. E o que faz o governo? Privatiza a Eletrobras para aumentar ainda mais a conta de luz”, criticou
Para o representante dos trabalhadores da estatal, Íkaro Chaves, não basta cancelar a privatização, mas garantir excedentes de energia, em vez de lucros, para alavancar o desenvolvimento nacional e energia barata para o povo.
A economista Clarce Ferraz também critica a privatização da Eletrobras como a perda de um elemento chave para a estruturação da transição energética limpa, renovável e justa.
O presidente da Abradin, Aurélio Valporto, avalia que monopólios precisam ser geridos de forma a beneficiar toda a cadeia produtiva. Para ele, os preços da Petrobras podem beneficiar acionistas um primeiro momento, mas desarranjam toda a economia.
Para Roberto D’Araújo, regulação ruim do modelo energético adotado atrapalha o papel estratégico da estatal para o país.
Os sindicatos de eletricitários de diversos estados ingressaram com ações na Justiça Federal a fim de garantir uma liminar que impeça a venda da empresa