Mais de 70 chefes de Estado e de governo participaram neste domingo (11) da cerimônia do centenário do armistício da Primeira Guerra Mundial, realizada no Arco do Triunfo, em Paris.
“A tragédia da Primeira Guerra Mundial nos lembra a quê conduzem as ambições excessivas, a falta de vontade para escutarmos uns aos outros e as violações das liberdades”, disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a cerimônia em homenagem aos heróis da guerra, em Moscou, nesta sexta-feira (1º/8).
Na semana em que uma sequência de eventos marcaram o eclodir da Primeira Guerra Mundial, há um século, o Portal Vermelho tem publicado artigos e reflexões sobre o militarismo imperialista e a luta dos povos contra a dominação. Em contato com o Vermelho, a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, também afirma rumos para o debate urgente sobre as guerras e a necessidade de ações concretas contra as agressões aos povos, ressaltando o repetido massacre dos palestinos por Israel.
Há 100 anos, era desencadeada a Primeira Guerra Mundial. Na cadeia de acontecimentos que fazem parte do desencadeamento do grande conflito, lugar de destaque é atribuído pela historiografia ao assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, Franc Ferdinand, em Saraievo, por um membro de uma organização nacionalista sérvia, a 27 de junho de 1914.
Por José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho
No centenário da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), as análises sobre o contexto político no início do século 20 e seus reflexos na atualidade são necessárias, sobretudo para o debate acerca do imperialismo e do belicismo. O portal Marxismo21 publicou um dossiê de artigos majoritariamente escritos nas primeiras décadas daquele século, expressando “diferentes abordagens do conflito por parte de alguns dos principais teóricos e dirigentes do Socialismo Internacional.”
O centenário da primeira guerra mundial é um momento para uma reflexão sóbria e profunda sobre as causas e consequências desta tragédia humana. Tem havido alegações de que a aprendizagem pode ser ‘uma visão perfeita’ [‘20/20’ em inglês= fácil após a ocorrência – NT]; mas, estando hoje tão distante do evento real em si, parece que a aprendizagem através das polêmicas polarizadas de hoje é míope.
Por Andrew Korybko, no Oriental Review
O porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, Yang Yujun criticou, nesta quinta-feira (27), em uma coletiva de imprensa, as forças de direita do Japão. Para ele, as autoridades japonesas estão cometendo retrocesso nas questões históricas, usando diversos pretextos para ampliar seus armamentos. "O exército chinês jamais permitirá a repetição da tragédia," disse Yang.
O centésimo aniversário da Primeira Guerra Mundial deve ser usado para evitar quais tragédias no futuro, e não para fomentar guerras de informação e deturpar a história. A declaração foi dada pelo chanceler russo Serguêi Lavrov em entrevista ao jornal sérvio “Politika”.
Passam 100 anos sobre o início da Primeira Grande Guerra (1914-1918). Para os comunistas e para toda a humanidade progressista os acontecimentos de há cem anos e o mundo que se lhes seguiu permanecem um tema central de estudo.
Por Filipe Diniz *, no jornal “Avante”