Há um ano, quando o tunisiano Mohammed Bouazizi ateou fogo no próprio corpo, não podia supor que as chamas daquele gesto de protesto incendiaram o mundo árabe. Começavam ali os levantes populares que derrubaram quatro governos – Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen – e plantaram uma semente da indignação que germinou mundo afora. Embora 2011 tenha sido palco da Primavera Árabe, o ano acabou sem que suas flores fossem colhidas, avalia o professor Mohamed Habib. Para ele, a revolução árabe não acabou.
O Primeiro-Ministro da Irlanda disse a seu povo que eles não eram responsáveis pela crise. Mas ele não disse quem eram os culpados. Já não é hora de que ele e seus colegas o digam? E os jornalistas também?
Por Robert Fisk, para o The Independent
Em visita ao Brasil, o escritor e ativista paquistanês, Tariq Ali, visitou na quinta-feira (17) a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP), onde falou sobre conjuntura internacional para uma plateia de cerca de 150 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para ele, os protestos no mundo árabe contribuíram para o surgimento de movimentos como o Ocupar Wall Street, nos Estados Unidos.
A praça Tahrir, no centro do Cairo, sugere uma dessas rotatórias inóspitas,como tantas outras, destinadas a ordenar o fluxo do trânsito nas grandes metrópoles subdesenvolvidas, pouco ou nada pensadas para o convívio humano. Mas desde fevereiro deste ano, quando foi palco de 18 dias consecutivos de protestos gigantescos que derrubaram o ditador amigo das potências, Hosni Mubarak, a praça Tahrir ingressou definitivamente no panteão dos símbolos libertários do nosso tempo.
Agência de Inteligência dos Estados Unidos emprega centenas de analistas atrás de pistas sobre o 'humor' da população local e reações ao país. Eles atuam no monitoramento de redes sociais em todo mundo na busca de ameaças à segurança do país. Os relacionamentos também são checados para sondar opinião local. A revelação foi feita em reportagem da agência AP, na sexta-feira (4).
O que nos faz humanos? Você pensa que é humano? Então, sinceramente, o que sentiu vendo o assassinato/linchamento de Kadhafi? E quando soube/viu que ele foi abusado sexualmente antes de morrer?
Quem tenha acreditado que a Primavera Árabe tomaria o Golfo Pérsico e aquelas terras conhecidas antigamente como Arabia Felix[1] tem hoje muitos motivos para afundar em tristeza.
Por Pepe Escobar, no Asia Times Online