Três anos depois do início de intensos protestos de rua, Tunísia e Egito estão atolados em ferozes lutas políticas, a violência interna cresce e ninguém sabe onde tudo isso vai parar. Por enquanto, parece que as forças que pressionam pelo fim da revolução estão na frente. Mas isso não é definitivo.
Por Immanuel Wallerstein*
Um novo governo de coalizão na Tunísia será anunciado, disse o primeiro ministro designado, Ali Larayedh, depois da realização de um acordo em negociações de último minuto que tinham como objetivo a finalização da crise política no país.
Moncef Marzouki, presidente da Tunísia, pediu a Ali Laarayedh, ministro do Interior, para formar um governo nos próximos 15 dias, depois de o partido islamita Ennahda nomeou-o como seu candidato, de acordo com o porta-voz presidencial, nesta sexta-feira (22).
A Internet está se transformando no maior instrumento de vigilância já criado e a liberdade que ela representa estaria seriamente ameaçada. A avaliação é de Julian Assange, criador do Wikileaks e que, há sete meses, vive na embaixada do Equador em Londres. Para ele, a web redefiniu as relações de poder no mundo, se transformou no “sistema nervoso central hoje das sociedades” e chega a ser mais determinante que armas. O problema é que esse poder está agora se virando contra as populações.
A nova Constituição do Egito, de linha islamista, passou a vigorar como lei básica do país após a sanção do presidente Mohamed Mursi, que espera que a nova Carta ajude a pôr fim à turbulência política e permita ao governo concentrar-se em medidas para recuperar a fragilizada economia.
Há dois anos surgiu o mais espetacular movimento de massas que o mundo árabe ja conheceu. Depois de amadurecer lentamente dentro de regimes ditatoriais, os povos tunisino e egípcio saíram às ruas de maneira rebelde e massiva, até conseguir derrubar duas ditaduras que tinham conseguido passar a idéia da sua perpetuidade.
Por Emir Sader, em seu blog
Contingentes de forças policiais de choque bareinitas forma mobilizadas nesta terça-feira (4) em zonas periféricas de Manana, capital do Barein, onde manifestantes voltaram a protestar contra a monarquia durante a madrugada.
O sítio canadense Global Research denuncia a existência de esquadrões da morte na Síria, financiados pelos Estados Unidos, para cometer massacres de civis e culpar ao governo do presidente Bashar al-Assad.
A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (2) a ampliação das parcerias entre os países sul-americanos e árabes como forma de reagir aos impactos da crise econômica internacional.
Os ataques contra embaixadas dos EUA na Líbia e no Egito são péssimo sinal, porque aconteceram na 3ª-feira, aniversário dos ataques de 11 de Setembro.
Por MK Bhadrakumar*, no Indian Punchline
Há 15 meses, o jornal Il Manifesto organizou conferência sobre as primaveras árabes, sob o mote “A esperança na rua”. Hoje podemos perguntar-nos o que foi feito daquela esperança e o que foi feito da rua.
Por Marco d’Eramo*, no Il Manifesto
O press-release distribuído na sexta-feira (17) pelo Departamento de Estado em Washington [leia no fim deste artigo], sobre a “Condenação de Nabil Rajab” foi uma surpresa. Dava a impressão de que os EUA estariam afinal rompendo seu silêncio monolítico, para condenar a horrenda folha corrida de crimes cometidos por seu mais íntimo aliado no Golfo Persa – o Barein.
Por MK Bhadrakumar*, no Indian Punchline