No sermão que pregou em Salvador, em 1640, na posse do Marques de Montalvão como vice-rei do Brasil (Sermão da Visitação de Nossa Senhora), padre Antônio Vieira usou palavras fortes, que continuam atuais mesmo tendo passado mais de três séculos e meio.
Por José Carlos Ruy
Fiel ao entreguismo, o governo Michel Temer entregou o pré-sal brasileiro nesta quinta-feira (7), na 4ª Rodada de Partilha da Produção do Pré-Sal, realizada no Rio de Janeiro. As estrangeiras Shell, ExxonMobil, Chevron, BP Energy, Petrogal, Statoil (estatal norueguesa) foram as vencedoras das três de quatro áreas nas bacias de Campos e Santos oferecidas pelo governo. Uma delas, Itaimbezinho, ficou sem ofertas. O total arrecadado foi de R$ 3,15 bilhões.
As trabalhadoras e trabalhadores do setor elétrico repudiam com veemência a continuidade da política neoliberal implementada na Petrobras pelo ex-presidente Pedro Parente, que se viu obrigado a pedir exoneração do cargo devido ao caos criado no Brasil com aumentos abusivos, quase que diários, nos combustíveis.
Por Henrique Teixeira
Poucos dias antes de perder a validade, a base de Temer conseguiu aprovar na Câmara a Medida Provisória (MP) 811/17, que permite à Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA) a comercialização direta da parte de óleo devida à União na exploração de campos da bacia do pré-sal com base no regime de partilha. O texto, no entanto, precisa ser analisado pelo Senado até o dia 18 para não caducar.
A recuperação dos preços do petróleo nas últimas semanas, para os patamares mais altos em três anos, está reforçando o caixa das petroleiras internacionais para os leilões do pré-sal dos próximos meses, que deverão se tornar uma verdadeira barganha.
Deputados, senadores, sindicalistas e representantes de movimentos sociais se uniram na tarde de quarta-feira (9), na Câmara dos Deputados, para o lançamento da campanha “O Petróleo é do Brasil”. O ato, promovido pelas frentes parlamentares mistas em Defesa da Petrobras e da Soberania Nacional, tem por objetivo articular diferentes setores da sociedade para anular as recentes ações do atual governo, que tem entregado o petróleo e o pré-sal brasileiros a grupos estrangeiros por preços irrisórios.
Os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo mostram algo que deveria ser motivo para a execração pública dos que pretendem entregar o petróleo do pré-sal, e o estão fazendo.
Por Fernando Brito
Fatores políticos e econômicos atuam para configurar a crise que fere a soberania popular e remonta aos interesses ligados à exploração de uma das maiores riquezas naturais do planeta atualmente.
Por William Nozaki*
Em cerimônia no Palácio do Planalto, Michel Temer assinou nesta quarta-feira 31 os contratos de concessão de áreas do pré-sal leiloadas em outubro do ano passado.
Uma das principais vozes pela defesa da soberania nacional, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) chamou a atenção para a disposição do juiz Sérgio Moro e de parte do Judiciário em prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar da falta de provas, e comparou com a falta de ação dessas mesmas autoridades quando o assunto é a entrega do patrimônio brasileiro.
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (13), por 206 votos contra 193, a emenda do Senado à Medida Provisória 795/17 que limitava a 31 de julho de 2022 os benefícios do regime especial de importação de bens a serem usados na exploração, no desenvolvimento e na produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos. Com isso, deputados ligados a Temer retomaram o texto original que prevê os benefícios até dezembro de 2040. Agora, a matéria será enviada à sanção.
O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu, na madrugada desta quarta-feira (6), a votação da Medida Provisória 795/17, que consiste um verdadeiro “pacote de isenções” para favorecer as empresas internacionais envolvidas nas atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. O texto agora segue para análise no Senado.
Por Christiane Peres