Milhares de pessoas saíram às ruas de Portugal, neste domingo, comemorando e assinalando os 36 anos da Revolução de Abril. Mereceu destaque o desfile em Lisboa, onde os manifestantes transformaram a data em mais uma jornada de luta contra a política de direita dos sucessivos governos, reivindicando uma outra política com vistas ao progresso social e por um país mais justo, do qual o 25 de Abril será sempre um marco fundador.
O Partido Comunista Português deu início nesta terça-feira (23) a ações de contato com trabalhadores desempregados que estejam nos "Centros de Emprego" do país. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, participou em uma sessão pública na localidade de Barreiro, convocada sob o lema: Lutar por mais emprego, exigir apoio para os desempregados. O Vermelho reproduz abaixo a íntegra da nota divulgada no site do PCP.
Em um seminário realizado no último fim de semana em Lisboa, o PC português reuniu especialistas em várias áreas para abordarem a evolução do país nos últimos dez anos e traçarem perspectivas de ruptura. Em análise estiveram temas como a evolução econômica, o emprego e o desemprego, a integração europeia, a política cultural, os ataques à Constituição e a reconfiguração do Estado ao serviço do poder econômico.
O governo de Portugal ampliou o seu entusiasmo em relação a possíveis parcerias com o Brasil, a partir da liderança que o presidente Lula tem demonstrado nos últimos anos nas suas relações internacionais. Na passagem do ano, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, afirmou em entrevista ao jornal "Público": "Temos de encarar a relação com o Brasil como uma relação absolutamente estruturante do nosso futuro".
Em nota publicada na última segunda-feira (30) em seu site, o Partido Comunista Português analisa a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, um instrumento político sucedâneo à falida Constituição Europeia. O partido denuncia as agressões às quais a classe trabalhadora europeia estará exposta, assim como os danos que o tratado causarão aos 27 países que compõem a União Europeia.
O Partido Comunista Português rejeitou os votos de “congratulação” pelos 20 anos da queda do Muro de Berlim, apresentados pela Assembleia da República. Para os comunistas o gesto não passa de uma gigantesca tentativa de reescrever a história.
Os partidos Socialista (PS) e Social Democrata (PSD) reivindicaram neste último fim de semana a vitória nas eleições municipais de domingo (11), sendo que o PS se impôs em número de votos e o PSD em número de autarquias conquistadas.
O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, sublinhou no último domingo (11) que "os resultados obtidos assumem inegável valor", considerando-se a intensa campanha dos meios de comunicação do país com o objetivo de desvalorizar os candidatos e a própria CDU, a coligação formada pelos comunistas e pelo Partido Os Verdes.
A eleição parlamentar deste domingo (27) em Portugal não seguiu o caminho majoritarioamente conservador das urnas na Alemanha. Mas o PS do primeiro ministro José Sócrates, com "uma política de direita", pagou um preço: perdeu 25 deputados, à direita e à esquerda, e com eles a maioria absoluta na Assembleia Nacional.
As eleições legislativas portuguesas para a Assembleia da República, marcadas para o dia 27 de setembro, também agitam as comunidades de emigrantes portugueses ao redor do mundo. O Vermelho entrevistou dois candidatos da CDU, coalizão que reúne o PC português e o Partido Os Verdes, Inês Zuber e Ildefonso Garcia.
Quinta da Atalaia, Seixal. Quem atravessou o Rio Tejo entre os dias 4 a 6 de setembro e chegou a 33ª Festa do Avante!, organizado pelo Partido Comunista Português, para sustentar seu jornal, o semanário Avante!, pôde conhecer uma Cidade do Sol. Muito parecida com aquela idealizada por Tommaso Campanella no século 16, ali brilhou por três dias um sol radioso, exceto quando deu lugar a uma lua que iluminava quase com a mesma intensidade.
Por Kerison Lopes, de Lisboa
Não há festa como esta! Em cada canto de Lisboa se vê o slogan da 33o Festa do Avante organizada pelo Partido Comunista Português. De fato, difícil ver festança como aquela. São esperados mais de 300 mil visitantes (em um país com 8 milhões de habitantes) na verdadeira cidade montada pelos comunistas em um terreno próprio em Seixal, nas margens do Rio Tejo.
