O governo eleito anunciou como futuro Ministro das Relações Exteriores o diplomata Ernesto Araújo. Com 51 anos e 29 de Itamaraty, ele nunca ocupou chefia de missões diplomáticas e fez campanha aberta para o então candidato Bolsonaro em seu blog, chamando o PT – Partido dos Trabalhadores – de “partido terrorista”.
Por Walter Sorrentino*
Ernesto Araújo é fã de Trump, presidente em guerra com a China e as áreas ambiental e dos direitos humanos da ONU.
Por André Barrocal, da CartaCapital
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) se comprometeu a cumprir uma de suas promessas de campanha e mudar a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, reconhecendo a cidade sagrada como capital israelense. Para comentar o assunto, a Sputnik Brasil ouviu Arnaldo Cardoso, cientista político da Universidade Presbiteriana Mackenzie
A quase dois meses de tomar posse como presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) já demonstra falta de traquejo com a política externa ao gerar atritos que colocam em xeque alguns dos pilares da diplomacia brasileira.
Por Ana Luiza Bitencourt
Poucas posições sinalizadas até aqui pelo presidente eleito põem em xeque pilares da política externa brasileira e geram preocupação entre aliados de décadas. Em Brasília, já há pedidos por moderação e sinais de recuo.
A política externa pode ser considerada o coração da soberania de um país. No Brasil, esse tema tem sido tratado com extremo interesse especialmente desde que José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, firmou as bases para um entendimento mais profundo sobre a importância das relações internacionais.
Ainda é prematuro fazer previsões sobre os desdobramentos políticos e diplomáticos da eleição de Jair Bolsonaro no último domingo (28).
Parece impossível que em apenas dois anos o Brasil tenha perdido completamente seu protagonismo na América Latina e no Caribe. Mas foi exatamente isso que aconteceu após o golpe de 2016. Se até então o país era um ator importante na região, reconhecido por impulsionar a integração, hoje a realidade é outra e a política externa altiva e ativa – dos governos Lula e Dilma – se transformou em diplomacia de pés descalços na gestão golpista de Michel Temer.
Por Mariana Serafini
O Plano de Governo de Lula/Haddad/Manuela inicia-se pela Política Externa. O item 01 do documento, intitulado “Soberania Nacional e Popular na Refundação Democrática do Brasil” articula a orientação externa do governo com o “desafio de refundar e aprofundar a democracia no Brasil na contramão do avanço do conservadorismo no cenário internacional, do autoritarismo na América Latina, do neoliberalismo e da intolerância no Brasil”.
Por Rita Coitinho*
O economista e professor da Unicamp Marcio Pochmann avalia em sua conta no Twitter que "o abandono da política externa ativa e altiva imposto pelo receituário neoliberal do governo Temer aproxima o Brasil da condição de protetorado dos Estados Unidos.
A ascensão do governo Temer gerou novas expectativas em relação à condução da política externa frente às críticas dos ministros tucanos que assumiram o Itamaraty à experiência altiva e ativa dos governos petistas. De imediato, as articulações sul-sul que estavam em curso foram imediatamente secundarizadas, o que logo indicou o quanto a temática da soberania nacional poderia ser abalada.
Por Marcio Porchmann*, na Rede Brasil Atual
A inserção internacional da economia brasileira sofreu um grave revés nos últimos sete anos. O retrocesso marca um movimento em direção ao que alguns consideram a vocação natural do país, o extrativismo de caráter imediatista e a alienação patrimonial, em um concerto de interesses estrangeiros e desinteresses nacionais.
Por Julio de Oliveira Silva