Os acontecimentos e notícias empolgantes que chegam de Teerã, de acordo afinal firmado, que pode ter evitado crise global em torno do programa nuclear iraniano é desenvolvimento altamente positivo para todos – exceto para os que, em Washington e Telavive, estavam à procura de qualquer pretexto para isolar ou atacar o Irã. Também marca o nascimento de uma nova força altamente promissora no cenário mundial: a parceria Brasil-Turquia.
por Stephen Kinzer, The Guardian, UK
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou na manhã desta segunda-feira (17) que houve acordo sobre a questão da energia nuclear do Irã. O acerto prevê que o Irã entregará 1.200 quilos de urânio à Turquia e receberá 120 quilos do produto enriquecido com monitoramento de organismos internacionais. O acordo entra na história como uma das mais emblemáticas vitórias da diplomacia brasileira e projeta o Brasil e o presidente Lula como protagonistas de primeira linha na política global.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou neste sábado ao Catar, depois de ter cumprindo extensa agenda em Moscou, mas o centro das atenções é o Irã, onde desembarca amanhã, dentro do roteiro de sete dias que inclui ainda Espanha e Portugal. Além de apresentar o Brasil comercialmente, Lula volta a discutir assuntos da diplomacia internacional como a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o programa nuclear iraniano.
A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã, um dos cinco países que ele visitará no Oriente Médio e na Europa, servirá para “aprofundar o diálogo político e estimular o comércio bilateral”, afirmou hoje (11) o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, alertou hoje na Cúpula Extraordinária da Unasul sobre o perigo de apressar o reingresso de Honduras, sem ter avançado satisfatoriamente no processo de reconciliação nacional. O encontro da Unasul reúne na capital argentina, Buenos Aires, lideranças da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Na abertura, nesta segunda-feira (26), da cúpula Brasil – Comunidade do Caribe (Caricom), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu alianças entre países caribenhos e da América latina em busca de uma “ordem internacional mais justa”. Lula recebe durante o dia, no Itamaraty, chefes de Estado e de Governo de 14 países do Caribe, entre eles Haiti, Jamaica, Antigua Barbuda e Trindad Tobago.
O governo do Irã ratificou neste sábado (24) o apoio aos esforços do Brasil e da Turquia em favor de um acordo negociado para evitar sanções aos iranianos em decorrência de seu programa nuclear. A iniciativa foi definida durante a conversa, em Istambul, na Turquia, dos ministros das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, e o da Turquia, Ahmet Davotoğlu. Hoje (25), Amorim vai a Moscou, na Rússia, para conversar sobre o mesmo assunto. Amanhã (26) ele chega a Teerã, no Irã.
Ao anunciar nesta quinta-feira (22/4) que o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) viaja hoje a Teerã para preparar sua visita ao Irã em maio, o presidente Lula afirmou que está confiante num acordo do país persa com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e que dirá ao mundo e ao Irã que “o limite é manter a paz. Queremos ter um só discurso, uma só voz e uma só paz”.
Nem os países do norte são tão grandes quando imaginavam, nem os países do sul são tão pequenos. O mapa mundi está mais igual e o Brasil vem conquistando cada vez mais espaço nas decisões globais. Isso cria ciumes em muita gente, mas para os novos diplomatas brasileiros, formandos da turma 2007/2009 do Instituto Rio Branco, deve gerar é muito orgulho, afirmou o presidente Lula nesta terça-feira (20) durante cerimônia realizada no Palácio Itamaraty, em Brasília.
O governo brasileiro conseguiu reforço para algumas de suas principais bandeiras políticas na área internacional na declarações finais dos encontros realizados na quinta-feira (15), em Brasília, entre os membros do Ibas (Índia, Brasil, África do Sul) e do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).
Os países que formam o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) se reúnem nesta sexta-feira (16) e sábado (17) em Brasília para a cúpula de chefes dos países do bloco e do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas). A realização de ambas as cúpulas – do Ibas e do Bric – no Brasil demonstra a importância da política internacional para o Presidente Lula e fortalece ainda mais o papel dos países emergentes no redesenho do cenário mundial. A avaliação é de parlamentares.
Brasília sediará esta semana reuniões de dois grupos dos quais o Brasil faz parte. Um deles é a 4a Cúpula do IBAS, (Índia, Brasil, África do Sul), que procura fortalecer a cooperação destes três países em desenvolvimento. O outro é a 2a Cúpula do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que tem relevância crescente no mundo. Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre 2008 e 2014, os BRIC devem contribuir com 61,3% da produção das riquezas mundiais.