A presidenta Dilma tem afirmado como orientação estratégica de seu governo o combate à pobreza e à erradicação da miséria. Muito bom, muito melhor do que se fosse o crescimento do PIB.
Por: Silvia Camurça*, na Rede Brasil Atual
Durante séculos, a ideologia dominante no Brasil via a pobreza como uma coisa natural, contra a qual não havia necessidade de preocupação política. No máximo, um sentimento pessoal de caridade. Recentemente, o assunto passou a ser visto sob a ilusão e a promessa de que o crescimento econômico tinha por objetivo também reduzir e até eliminar o quadro de pobreza como, se supunha, nos países desenvolvidos.
Por Cristovam Buarque, no Blog do Noblat
O Ministério da Pesca será incorporado ao grupo de oito ministérios que atuará no Programa de Erradicação da Pobreza Extrema. “Temos condições de investir mais nos gargalos que impedem o desenvolvimento desse setor e podemos usar o pescado para garantir mais alimento à mesa dos brasileiros”, disse a ministra Ideli Salvatti. Além disso, lembrou ela, os pescadores artesanais integram o público alvo do futuro programa.
O principal avanço do programa de erradicação da pobreza extrema é a possibilidade de integrar as áreas social e econômica. A avaliação é do pesquisador em política social da Universidade de Brasília (UnB), Vicente Faleiros. "O Brasil demorou a compreender que o caminho é a integração", destaca Faleiros, ao elogiar o programa de erradicação da pobreza anunciado na primeira reunião ministerial comandada pela presidente Dilma Rousseff.
Inclusão produtiva, ampliação da rede de serviços sociais do governo e a continuação da rede de benefícios. O governo pretende atuar nessas três frentes para erradicar a pobreza no Brasil. O programa de erradicação da extrema pobreza foi discutido, nesta quinta-feira (7), em reunião da presidente Dilma Rousseff com ministros que atuarão no programa.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) informou nesta quinta-feira (30) que, em 2010, a pobreza na América Latina e no Caribe caiu em comparação a 2009 e 2002. Em 2010, o percentual de pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza foi de 31,9%; em 2009, os dados mostraram 33,1% e, em 2002, o índice foi de 44%. Porém, de acordo com a entidade, ainda há 180 milhões de latino-americanos e caribenhos em situação de extrema pobreza.
Formado em engenharia e com especialização em economia, Ricardo Paes de Barros, técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde já atuou como coordenador de avaliação de políticas públicas, é reconhecido internacionalmente como um especialista em pobreza. Ele considera que a presidente eleita, Dilma Rousseff, poderá reduzir ainda mais a pobreza no Brasil.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD/IBGE apontou redução no número de pessoas em situação de pobreza na Bahia e melhorias na distribuição de renda. De acordo com relatório, 970 mil baianos saíram da condição de pobreza de 2006 a 2009. Na distribuição de renda, o índice indica diminuição da desigualdade em relação a 2008, tendo retornado ao patamar de 2006-07: 0,557 numa escala que varia de 0 a 100 – quanto menor o valor, menos desigual estão os indivíduos em termos de remuneração.
A presidenta eleita Dilma Rousseff deverá estabelecer linhas oficiais de pobreza e de indigência no país para monitorar as políticas sociais do governo e medir a melhoria das condições de vida da população. O valor ainda não foi estabelecido, mas existe a possibilidade de o novo governo fixar em R$ 108 a renda familiar por pessoa como linha de pobreza.
Nos últimos dez anos mais de 350 milhões de habitantes de zonas rurais escaparam da pobreza. Apesar do índice positivo, o relatório pobreza Rural 2011 revela que a maioria dos pobres do mundo continua morando nessas áreas. Produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o documento pede mais investimentos na agricultura e a concentração de esforços para aumentar os meios de subsistência das populações rurais.
A União de Jovens Socialistas (UJS) e integrantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), no Pará, estão na Chapa 1 “A UFPA que queremos” concorrendo as eleições do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), confirmou nesta quinta-feira (2) que a pobreza e a extrema pobreza na Bolívia, somadas, caíram de 6,3% para 5,4% entre 2002 e 2008.