Para muita gente as favelas cariocas representam violência. É assim que games e filmes de ação costumam retratá-las. Mas há também quem veja neste cenário o lugar ideal para a prática de esportes radicais. Viaje de primeira classe com um dos competidores do “Brutal Urban Downhill Mountain Bike” e desça 170 metros verticais pelo percurso de quase um quilômetro do Morro Santa Marta, na cidade do Rio de Janeiro.
O Estado moderno no Brasil ganhou passos relevantes desde a Revolução de 30. Ademais de reverter a longa trajetória liberal consagrada pelo Estado mínimo, que exercia fundamentalmente o monopólio da violência (concedido às forças policiais e militares), da emissão monetária (unidade monetária e criação de moeda) e da tributação (arrecadação fiscal), houve a construção da ossatura inicial do Estado social.
Por Marcio Pochmann, no Valor Econômico
O Programa Brasil sem Miséria, que será lançado pelo Governo Federal, até julho de 2011, vai atender 665.732 pessoas no Piauí. Os números correspondem aos piauienses que possuem a renda mensal de até R$ 70.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome divulgou dados nesta quarta-feira (4/5), apontando a Bahia como o estado com a maior concentração de pessoas em situação de extrema pobreza. São 2,4 milhões de baianos com rendimento mensal individual inferior a R$ 70, apenas 3 milhões a menos que as pessoas nestas condições em todo o Sudeste. A situação resulta de um modelo de desenvolvimento equivocado, adotado por governantes nacionais e estaduais.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, explicou aos conselheiros da 22a. Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) os números anunciados pelo Governo Federal, na terça-feira (3), sobre a linha de extrema pobreza.
Na última década, a desigualdade no Brasil chegou ao nível mínimo já registrado no país, e a renda da metade mais pobre da população aumentou em ritmo 5,5 vezes mais rápido que a da minoria mais rica do país, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "Acho que essa década (anos 2000) pode ser chamada de década da redução da desigualdade; assim como os anos 90 foram chamados de década da estabilização", afirmou Marcelo Neri, da FGV.
Cerca de 16,2 milhões de brasileiros são extremamente pobres, o equivalente a 8,5% da população. A identificação de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza foi feita pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), a pedido do governo federal, para orientar o programa “Brasil sem Miséria”, que deverá ser lançado nas próximas semanas pela presidente Dilma Rousseff.
O Plano Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema — que será lançado pelo governo federal em maio — tem três grandes eixos de atuação: a universalização do acesso aos programas de transferência de renda, a ampliação e a qualificação dos serviços públicos e a chamada inclusão produtiva, para capacitação de mão de obra.
O exemplo brasileiro da adoção de programas de transferência de renda, principalmente o Bolsa Família, deverá ser tomado como referência pelo Banco Mundial (Bird) que organiza um plano internacional para a próxima década. O foco do banco é a renovação das estratégias de atuação nas áreas de proteção social e trabalho. O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, representará o Brasil nos debates.
O cantor Bono Vox, líder da banda irlandesa U2, se encontrou nesta segunda-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conversar sobre a possibilidade de iniciar um projeto conjunto na luta contra a pobreza na África, durante um encontro realizado em São Paulo.
Encontro, que termina nesta quarta-feira (17), em Brasília, teve participação da ministra Tereza Campello e de conselheiros que representam a sociedade civil na defesa da segurança alimentar e nutricional.
A nova marca do governo federal demonstra o compromisso da presidente Dilma com a erradicação da pobreza extrema no país. E o primeiro passo nessa direção é o fortalecimento do Programa Bolsa Família, que recebeu significativo aporte de R$ 2,1 bilhões.
Por Tereza Campello, na Folha de S.Paulo