Trata-se de demagogia sem desfaçatez a comemoração do “crescimento” trimestral de 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto), da economia brasileira, pelo governo Temer. Assim como pela mídia irresponsável que o apoia e os apologistas do mercado.
Por Sérgio Barroso
Antes da revisão periódica, resultado era de -3,8%, o que interrompeu uma série positiva na economia brasileira. Dado de 2016 também foi negativo.
No início do mês, o IBGE anunciou que a economia brasileira teve uma alta de 0,2% no segundo trimestre deste ano em comparação com os primeiros três meses de 2017. No resultado acumulado de 12 meses, contudo, os números continuam negativos, somando um recuo de 1,4%. E não é só isso. A discreta retomada, embora tão alardeada, não é realidade para todos. É lenta, causada por fatores pontuais e desigual. Das 27 unidades da federação, sete devem ter queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017.
Em visita à China, Michel Temer solta fogos de artifício com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontam que o Produto Interno Bruto (PIB), isto é, a soma de todas as riquezas produzidas no país, fechou o segundo trimestre do ano com “alta” de 0,2% na comparação com o primeiro trimestre, na série ajustada sazonalmente.
O Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), recuou 0,24% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro trimestre. A informação é do Monitor do PIB, divulgado hoje (21), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Para economista, alguns resultados positivos são consequência de "efeito estatístico" ou clima favorável, e nada têm a ver com política econômica. Situação ainda é preocupante.
O aspecto mais grave da crise política e econômica vivida pelo Brasil hoje é que o país está completamente sem rumo, sem nenhum debate sobre um projeto nacional e contaminado pelo curtíssimo prazo.
Por Marco Weissheimer, no Sul21
O Ministério da Fazenda reduziu a previsão de crescimento do PIB a 0,5% em 2017, metade da estimativa anterior (1%). Iludido com a ideia de que a confiança voltaria em passe de mágica, o governo baseou o Orçamento de 2017 num crescimento de 1,5% do PIB, que poucos achavam possível. Agora, a diferença entre expectativa e realidade será sentida na arrecadação. E, para compensá-la, a gestão já fala em aumentar imposto e contingenciar recursos, algo que tem levado ao aprofundamento da recessão.
Aumenta o risco de mais um ano perdido para o Brasil. Frustrou-se a "esperança" de que o impeachment estimularia a retomada dos investimentos privados.
Por Pedro Paulo Zahluth Bastos
O IBGE anunciou que a economia brasileira recuou 3,6% em 2016, confirmado a maior recessão do país. Os números mostram uma piora no ritmo de queda da atividade nos dois últimos trimestres, marcados pela chegada de Michel Temer ao poder. Para Flávio Tonelli Vaz, assessor técnico da Câmara dos Deputados, especialista em orçamento e políticas públicas, o resultado reflete tanto a falácia de que o impeachment seria solução para a crise quanto a incapacidade de Temer de retomar o crescimento.
Todo começo de ano é o mesmo ritual que sempre se repete. Os grandes meios de comunicação chamam os chamados "especialistas” a darem suas opiniões e suas previsões a respeito das perspectivas da economia para o ano que se inicia.
Por Paulo Kliass*
O mercado financeiro, consultado pelo Banco Central (BC), reduziu a projeção de inflação para este ano pela quarta vez seguida. A estimativa de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 6,72% para 6,69%.