Entrou em vigor nesta sexta-feira (25) a gratuidade universal em todos os serviços de saúde pública do Paraguai, conforme orientação transmitida na semana passada pelo presidente Fernando Lugo. "Estamos diante de um passo histórico para o país", disse Lugo ao fazer o anúncio oficial da medida. Ele chamou os paraguaios a defender a todo custo o "perfil social", por cima dos interesses dos poderosos.
O fantasma de um golpe de Estado ainda assombra o presidente paraguaio Fernando Lugo. Esta semana, ele voltou a invocá-lo: desde que tomou posse, em agosto de 2008, já tentaram derrubá-lo não uma, mas várias vezes, disse ele. Segundo o ex-bispo, os golpistas de seu país o rondam, estão à espreita.
Mercedes Lugo sorri amavelmente e responde com um tom doce e calmo. Mas seus olhos movediços delatam seu desconforto com o momento que vive seu irmão, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo. Ela mede cada palavra que pronuncia, mas não pode evitar a transmissão de uma sensação de desamparo ante as ameaças que cercam o governo paraguaio. “Estamos nas mãos do Senhor”, responde a professora aposentada, 67 anos, sobre a possibilidade de um golpe de Estado no seu país, como o que sofreram os hondurenhos.
Apesar da mudança no alto comando das Forças Armadas no Paraguai, a direita reacionária e a oligarquia paraguaia seguem dando mostras de que continuam os preparativos para a realização de um golpe de estado disfarçado com argumentos legalistas contra o presidente Fernando Lugo.
Há duas semanas, tornou-se público o conteúdo de um email de um pecuarista chileno de nome Avilés, residente no Paraguai há mais de 30 anos, que propõe a arrecadação de uma contribuição financeira entre seus pares empresariais para comprar armamentos, formar milícias e identificar e matar comunistas. Do mesmo modo que ocorreu em Honduras com as pequenas reformas de Manuel Zelaya, a rançosa elite paraguaia não suporta o ex-bispo como presidente.
Por Pablo Stefanoni, no Semanário Pulso, da Bolívia
O governo de Fernando Lugo está sob forte ataque da direita paraguaia. O objetivo é um só: derrubá-lo do poder. No semanário Pulso, o jornalista Pablo Stefanoni relata dificuldades do governo que assumiu um país, até então, “governado por máfias de todos os níveis, dedicadas a todo tipo de tráfico, contrabando e ilegalidades diversas, amparadas por um poder com o qual compartilhavam o botim. Ou simplesmente eram as máfias que exerciam, sem intermediários, o poder”.
Por Marco Aurélio Weissheimer
A Venezuela está "a um passo de entrar no Mercosul", conforme noticiou nesta quinta-feira (29) o site do The Wall Street Journal. Vencida a barreira oposicionista no Senado do Brasil, falta apenas o Legislativo do Paraguai se pronunciar. Mas em Assunção poucos duvidam que o pedido de Caracas será aceito. O tema está na pauta do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, nesta sexta-feira, no norte da Venezuela.
Cumprindo uma de suas promessas de campanha, o governo do presidente do Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo, anunciou na quarta-feira a abertura de todos os arquivos militares do país, que a partir de agora estarão à disposição de tribunais locais e internacionais que estejam investigando crimes cometidos pelas ditaduras do Cone Sul. O feito foi qualificado como histórico pelos parentes de vítimas.
O presidente do Paraguai Fernando Lugo afirmou na noite de quinta-feira (18) que seu país revogou os planos de realizar exercícios em conjunto com as tropas dos Estados Unidos, além de revogar também o desenvolvimento de ações e projetos conjuntos com os americanos.
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que completou no sábado(15) um ano de governo, fez um balanço de sua gestão e afirmou que não conseguiu cumprir alguns dos objetivos fixados há um ano, quando assumiu o poder. Mas assegurou que não perdeu "a esperança e a vontade".