A agenda de trabalho do presidente paraguaio Fernando Lugo não sofrerá qualquer restrição devido ao tratamento contra um câncer linfático detectado há pouco mais de uma semana, mas suas aparições públicas serão reduzidas. A informação foi transmitida pelo médico pessoal de Lugo, Alfredo Boccia. Lugo continuará com o tratamento quimioterápico por mais três semanas.
O câncer linfático do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, não o impedirá de governar ou completar os três anos que restam a ele no Executivo, asseguram nesta segunda fontes oficiais. "O presidente Fernando Lugo terá seu sucessor, mas em 15 de agosto de 2013", afirmou o chefe de Gabinete paraguaio, Miguel López Perito.
O encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Fernando Lugo, nesta segunda-feira (3) na cidade fronteiriça de Ponta Porã, indicou o desenvolvimento dos dois países como caminho para o combate à criminalidade. "A sorte do Paraguai é a nossa sorte", disse Lula, depois de se reunir a portas fechadas com Lugo.
Pouco antes de se reunir com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o Brasil passa por um momento excepcional na relação com o país vizinho.
No último sábado, dia 24, o Senado paraguaio votou e autorizou que o Poder Executivo declare Estado de Exceção, por 30 dias, nos cinco departamentos paraguaios de Concepción, San Pedro, Alto Paraguai, Amambay e Presidente Hayes. A medida, que visa ocupar o norte do país a fim de capturar os membros da guerrilha de esquerda denominada Exército do Povo Paraguaio (EPP), entrará em vigor logo que for promulgada pelo presidente paraguaio Fernando Lugo.
O povo paraguaio foi às ruas, na última terça-feira (20), para comemorar os dois anos da eleição do presidente Fernando Lugo, que pôs fim a 61 anos de hegemonia do Partido Colorado no país. O grande ato político-festivo reuniu cerca de 50 mil pessoas. Para além de celebrar as conquistas da atual gestão, foi uma resposta popular às tentativas da direita de desestabilizar o governo Lugo e retomar o poder ainda que de forma anti-democrática.
O presidente paraguaio, Fernando Lugo, lançou oficialmente nesta semana um plano de desenvolvimento do país para os próximos dez anos. A iniciativa conta com onze pontos prioritários.
Um importante passo nas relações bilaterais entre Brasil e Paraguai foi dado no amplo protocolo de cooperação cultural entre o Ministério da Cultura do Brasil, a Secretaria Nacional de Cultura do Paraguai e a Itaipu Binacional, duas semanas após a realização do primeiro Encontro Sul-Americano dos Povos Guarani, ocorrido em Diamante d'Oeste, no Paraná, que contou com a presença de cerca de mil guaranis da Argentina, Brasil, Bolívia e Paraguai, onde recebemos juntos a Carta dos Povos Guarani.
Por Juca Ferreira e Tício Escobar*
De olho nas eleições municipais do segundo semestre deste ano e nos três anos que restam a Fernando Lugo na presidência, partidos e movimentos de esquerda uniram-se sob uma mesma bandeira e lançaram oficialmente, no último fim de semana, a maior frente de apoio ao atual governo.
O governo paraguaio condecorou, segunda (09), o fundador e histórico dirigente do Partido Comunista do Paraguai, Ananias Maidana, com a Ordem Nacional do Mérito em grau de "Gran Cruz". A honraria foi concedida por sua "incansável luta pela democracia e justiça social", diz o decreto. Mais que uma simples homenagem, a distinção é um sinal de que os tempos, felizmente, mudaram, já que há pouco mais de 20 anos os comunistas eram alvo de perseguição pela ditadura de Alfredo Srtrosser.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a devolução aos paraguaios do canhão "Cristão" — que o Brasil apreendeu em 1868, durante a Guerra do Paraguai (1864-1870). Segundo informou a colunista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, Lula comunicou a decisão nesta quarta-feira (3) ao ministro da Cultura, Juca Ferreira, que cuidará das questões práticas da viagem de retorno do canhão.
Desde o final do ano passado, crescem os rumores de que um golpe ronda o vizinho Paraguai. O presidente Fernando Lugo, adepto da “teologia da libertação” e batizado pelo povo de “bispo dos pobres”, enfrenta intensa resistência no Legislativo, onde seus aliados estão em franca minoria, e assiste sucessivas crises entres os poderes.
Por Altamiro Borges, no Blog do Miro