Passado dois meses, as autoridades policiais não conseguem avançar na apuração dos assassinatos do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos no dia 24 de maio no assentamento de Praialta Piranheira, em Nova Ipixuna (PA). A denúncia foi feita aos senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (PSOL-PA), que estiveram em diligência no local nesta segunda (11).
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou, na edição desta sexta-feira (8) do Diário de Justiça Eletrônico (DJE), os textos das resoluções que tratam da realização e do calendário do plebiscito sobre a possibilidade de desmembramento do Pará e a criação de dois novos estados na região, Carajás e Tapajós.
Responsável pela prisão do comerciante José Avelino Siqueira, por roubo de 10 metros cúbicos de madeira no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança, na zona rural do município de Anapu, no sudoeste do Pará, o delegado Melquesedeque da Silva Ribeiro teme sofrer um atentado e pede que a Polícia Federal (PF) volte a atuar na região.
O PCdoB-Belém realizou no último dia 19 de junho, na Câmara Municipal de Belém, sua 12º Conferência Municipal. O evento contou com a presença de mais de 100 delegados de diversas bases de atuação do partido. Foi anunciado o resultado da nova Direção Municipal que irá dirigir o PCdoB nos próximos dois anos. Foram dias e noites reunindo militantes nas mais diversas bases, totalizando aproximadamente mil pessoas apenas na capital paraense.
Nos últimos dez anos, o Pará registrou 219 homicídios no campo, mas houve apenas quatro condenações em consequência desses crimes. Em 37 casos, não houve sequer instauração de inquérito para investigar as mortes. As informações são do procurador do Tribunal Regional Federal da 1º Região José Marques Teixeira, que participa de audiência pública sobre violência no campo na Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado.
O grupo de nove pessoas escoltadas do assentamento de Nova Ipixuna até Marabá (PA), pela Força Nacional, deve ser ouvido até esta terça-feira (21) pela Defensoria Pública do Pará. Todas foram ameaçadas de morte, supostamente por pessoas ligadas a madeireiras da região. A ação da Força Nacional fez parte da Operação Defesa da Vida, estratégia para combater conflitos agrários nos estado do Pará, de Rondônia e do Amazonas.
Após a onda de assassinatos de trabalhadores rurais no norte do país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri) e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) organizaram um acampamento em Marabá (PA) que reúne cerca de 5 mil pessoas perto da sede local do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Na pauta, a punição aos assassinos de trabalhadores e assentamento das famílias
Uma equipe formada por homens da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal e das Forças Armadas chega nesta terça-feira (7) ao Norte do país para intensificar os esforços de combate à violência no campo. A ação é denominada Operação Proteção à Vida. A ordem para executar a operação foi dada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada, depois que quatro ambientalistas foram assassinados na região.
A execução de líderes camponeses, com militância contra a grilagem de terras e o roubo de madeiras, mais uma vez revolta o Brasil. Esses recentes e lamentáveis eventos apontam para a necessidade de uma maior intensificação das ações do governo federal contra o corte e o transporte de madeira ilegal, assim como para titular áreas quilombolas, proteger reservas indígenas e ambientais, e promover uma consistente reforma agrária.
Por Maria do Rosário, em O Globo
O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de Jader Barbalho para cancelar os efeitos da Lei da Ficha Limpa sobre a candidatura dele ao Senado. No ano passado, Barbalho foi o candidato a senador mais votado no Pará, mas não pode assumir o cargo porque teve o registro negado pelo plenário do STF.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, pediu nesta quarta-feira (25) apoio dos governos estaduais no combate aos grupos de extermínio.
A Câmara Federal, em uma quinta-feira esvaziada, aprovou o plebiscito para a divisão do Estado, que foi proposto por parlamentares de outras regiões, e deverá também definir o futuro de 7,5 milhões de paraenses em seis meses.
Por Érico Albuquerque *