A investidura do cardeal Jorge Bergoglio, como novo chefe da Igreja Católica, de alguma forma surpreendendo até os mais atentos analistas, pode ser interpretada através de paralelo histórico. A comparação possível remonta a 1978, quando os italianos perderam primazia sobre o Vaticano e o polonês Karol Wojtyla foi ungido como o papa João Paulo II.
Por Breno Altman*, no Opera Mundi
Embora geograficamente o pontífice esteja correto – ele é do sul da argentina –, a afirmação esconde a verdadeira decisão da cúria romana, Francisco I foi eleito com o mesmo objetivo que João Paulo II a mais de 30 anos atrás, a época o pontífice ajudou a desarticular a esquerda europeia, abrindo caminho para a vitória do capitalismo no leste europeu.
Por Ismael Cardoso, UJS*
A presidenta Dilma Rousseff foi a primeira chefe de Estado recebida pelo papa Francisco, depois da cerimônia que marcou nesta terça (19) o início do pontificado. Durante o encontro desta quarta (20), no Vaticano, eles falaram sobre o combate à fome e à pobreza e o enfrentamento ao uso de drogas entre jovens e adolescentes.
O presidente uruguaio José Pepe Mujica explicou que ele e a esposa Lucia Topolansky não compareceram à missa que inaugurou o pontificado de Francisco I, no Vaticano, nesta terça-feira (19), porque ambos "não são católicos" e em respeito ao Estado uruguaio, que "é laico".
A Santa Sé partiu para a ofensiva e, pela primeira vez desde que Jorge Bergoglio foi designado papa pelos cardeais, entrou na polêmica sobre a atitude do argentino durante os anos da ditadura. O afável porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, rebateu as suspeitas que pesam sobre a igreja e o Papa Francisco a propósito de sua atuação branda durante a última ditadura argentina.
Por Eduardo Febbro, da Cidade do Vaticano
A eleição do cardeal argentino Bergoglio a papa suscitou críticas de organizações de defesa dos direitos humanos e da diversidade sexual na Argentina. A organização das Madres da Praça de Maio afirmou categoricamente que o papa Francisco foi “cúmplice da ditadura”.