A conversa consta de um documento enviado pela defesa do ex-presidente ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal
Neste momento, uma pergunta se impõe, imperativa como nunca: o que fará o Poder Judiciário?
A proposta de delação de Palocci fora rejeitada duas vezes pelo Ministério Público Federal antes de ser adotada pela Polícia Federal
Sua má vontade com a situação é explícita – o governo já deveria ter tomando providência para resolver o impasse. Nem a situação dramática do país foi capaz de demover o ministro de suas convicções.
Mensagens analisadas pelos sites The Intercept Brasil e El País mostram que força-tarefa de Curitiba preferiu buscar acordos a investigar acusações contra as instituições financeiras. Enquanto desenhava estratégia, Dallagnol fez palestra na Febraban.
Reportagem conjunta dos jornalistas Ricardo Balthazar, da Folha de S.Paulo; e Rafael Moro Martins, do The Intercept Brasil, revelou nesta segunda-feira (29) que há seis dias do primeiro turno da eleição presidencial do ano passado o então juiz Sergio Moro "agiu por considerações políticas" ao tomar a decisão de divulgar parte da delação do ex-ministro Antonio Palocci, mesmo tendo dúvidas sobre as provas apresentadas pelo ex-ministro.
A assessoria de imprensa da ex-presidenta Dlma Rousseff onde afirma que é "importante que os termos da delação implorada do senhor Palocci, enfim, venham a público para que suspeitas possam ser rebatidas com a força da verdade”
Por Urariano Mota
Em nota intitulada "As velhas mentiras de Palocci e o novo factoide eleitoral", a ex-presidenta Dilma Rousseff rechaçou o vazamento do que ela chama de "delação implorada", em referência à colaboração premiada do ex-ministro. Para ela, "é estarrecedor" que uma delação não aceita pelo Ministério Público seja acolhida e tenha tido seu sigilo quebrado às vésperas da eleição.
O juiz Sérgio Moro, da 13ª vara Federal de Curitiba, sentenciou o ex-ministro Antonio Palocci a uma pena de 12 anos e dois meses de prisão, nesta segunda-feira (26), por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
A Revista Veja publicou, em sua última edição, dados bancários do ex-presidente Lula. Todo cidadão tem assegurado por lei o sigilo de sua movimentação bancária, que só pode ser quebrado por ordem judicial. No entanto, segundo a revista, as informações foram obtidas a partir de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O Comitê Central do PCdoB realizou neste final de semana sua 7ª reunião plenária. A direção comunista analisou a conjuntura política e pediu a rápida solução da crise aberta com as denúncias ao ministro chefe da Casa Civil Antonio Palocci, para fortalecer a autoridade da presidente Dilma e avançar nas mudanças que a nação reclama.