No final de quarta-feira (23), início da madrugada de quinta-feira (24) no horário de Brasília, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, anunciou o início de operações militares na região de Donbass, onde ficam as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, a Ucrânia alega uma invasão em larga escala.
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba divulgou, nesta terça-feira (22), uma nota sobre a crise na Ucrânia.
Os dois documentos propõem uma “revisão” do status quo internacional, mas o primeiro contém objetivos e exigências imediatas e localizadas, enquanto o segundo apresenta uma verdadeira proposta de “refundação” do sistema interestatal “inventado” pelos europeus
Em meio a clima crescente de tensão provocada pelos EUA, chanceler russo acusa Washington de fazer ‘propaganda’ anti-Rússia em uma ligação com seu colega norte-americano Blinken. A autoridade ucraniana também reclama do tensionamento provocado pelos EUA.
Para Angelo Segrillo, as concessões teriam que vir principalmente em relação à expansão da Otan, “porque ninguém gosta de ter uma aliança militar na sua vizinhança”. Para o analista, a interdependência econômica entre Europa e Rússia podem ser o caminho para a paz.
De acordo com as últimas pesquisas , 48% dos russos acreditam que os Estados Unidos e a OTAN são os responsáveis pela nova escalada das tensões na Ucrânia e 20% dos russos dizem que o principal culpado é o governo ucraniano. Eles são apenas 4% para incriminar o governo russo.
As dificuldades para substituir o fornecimento russo de gás são enormes, mas a cada atrito entre os blocos, se busca a neutralização dessa dependência por outros meios. Mas as vantagens de Putin ainda são grandes.
Com ameaças no ar e divergências não resolvidas sobre as crescentes tensões na Ucrânia, as últimas conversações entre os Estados Unidos-OTAN e Rússia terminaram sem avanços.
O Global Times, jornal chinês que reflete a opinião da República Popular da China sobre temas internacionais, abordou, na edição desta terça-feira (28) – no Brasil ainda segunda-feira (27) – a crise na fronteira com a Ucrânia.
Inebriados pela vitória de há 30 anos, a superpotência imperialista e seus vassalos da Otan, UE e Israel, lançaram-se numa orgia de guerras, ferozes ofensivas contra trabalhadores e povos e acumulação de obscenas riquezas.
Vagas de refugiados é coisa que não falta. No Mediterrâneo, nas fronteiras EUA/México, Turquia/Grécia e até França/Inglaterra. Milhões de refugiados nem chegam aos centros imperiais-midiáticos. Ficam nos países vizinhos das tragédias humanitárias causadas pelas guerras EUA/OTAN/UE, como sejam o Irã, Líbano, Turquia ou Paquistão. Mas quem ouvir a comunicação social pensará que se passa algo diferente na fronteira Polônia/Bielorrússia.
Os arautos do euro-atlantismo encontram-se numa “azáfama”. Ambições militaristas, uma vez mais proclamadas, e os interesses em jogo, são o que a motivam.