O longa chileno Uma mulher fantástica, de Sebastián Lelio, levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, na noite deste domingo (4). Além de ser a primeira vez que o país sul-americano conquista uma estatueta, é também a primeira vez que o prêmio é concedido a uma obra estrelada por uma atriz transexual, a chilena Daniela Vega.
Em tempos de #MeToo e "Time's Up", mulheres tentam ganhar espaço na indústria do cinema. Hollywood, no entanto, ainda está longe de alcançar igualdade de gênero: apenas 23% dos indicados ao Oscar neste ano são mulheres.
O período que antecede a entrega do Oscar tem o inconveniente óbvio de dar excessivo destaque (e espaço nas salas de exibição) a um punhado de filmes que nem sempre merecem a deferência. Mas há uma modesta compensação: os indicados na categoria “Filme em língua estrangeira” permanecem mais tempo em cartaz do que ficariam normalmente em nosso circuito voraz. Salvo engano, todos os cinco deste ano seguem em exibição no país.
Por José Geraldo Couto*
Os inevitáveis “filmes do Oscar” começam a se acumular. Falemos sobre dois deles, extremamente diferentes entre si: o fantasioso A forma da água, de Guillermo del Toro, e o “realista” The Post, de Steven Spielberg.
Por José Geraldo Couto*
Ano passado, a Academia surpreendeu ao entregar o prêmio máximo do Oscar a um filme independente, de um autor praticamente desconhecido e protagonizado por afro-americanos com uma temática gay.
O negócio de Hollywood é o fake. Dessa matéria prima se fazem os filmes – exibicionismo fake de uma realidade falsificada que só existe na cabeça de roteiristas, diretores e do público enganável de sempre. (Confissão: gosto de alguns filmes.)
Por Dario Alok, em seu blog
Quem foi melhor? Pelé ou Ayrton Senna? Quem compunha melhor? John Lennon ou Mozart? Está achando estas comparações absurdas? Pois são mesmo. Comparar Senna com Pelé – ainda que ambos tenham sido esportistas – e Mozart com Lennon – ainda que ambos tenham sido músicos e compositores – é tão descabido quanto comparar, digamos, “Moonlight” e “La La Land”. Ainda que ambos sejam filmes.
Por Celso Sabadin*
Era tamanha a expectativa em torno de La La Land que ninguém desconfiou quando Warren Beatty e Faey Dunaway anunciaram o prêmio de melhor filme para o longa de Damien Chazelle. Equipe e elenco subiram ao palco, começaram os discursos emocionados e veio a inesperada interrupção. “Na verdade não ganhamos.” Veja também a lista dos filmes e artistas premiados.
Nenhum negro foi indicado para as principais categorias da premição em 2016. Neste ano, após mudanças na Academia, há 18 candidatos.
Por Julia Hitz, da DW
Na era de Donald Trump, é ingênuo esperar que artistas se mantenham neutros e deixem de se posicionar sobre assuntos que mobilizam a comunidade internacional. O mesmo vale para a maior cerimônia da indústria do cinema norte-americano, que acontece no domingo, 26, e se vê profundamente associada à política norte-americana.
Clarice Cardoso, da coluna Tela a Tela (Carta Capital)
Com a explosão do cinema nacional das últimas décadas, o ritual de escolher qual filme vai representar o Brasil no Oscar já virou tradição e todos os anos os amantes da sétima arte aguardam este resultado com ansiedade. Desta vez não foi diferente. O sucesso de Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, que vem lotando salas em todo o país, colocou a obra entre os favoritos. Mas no Brasil do golpe, o indicado é Pequenos Segredos, de David Schurmann, um filme que ninguém viu.
Por Mariana Serafini
A uma semana da estreia nacional de Aquarius, segundo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, a polêmica em torno do sucessor de O Som ao Redor dá sinais de que está apenas começando.