Estudo aponta crescimento de 1 cm na altura e de cerca de 3% no índice de obesidade — ultraprocessados e sedentarismo são as principais razões para o aumento do peso
O brasileiro que combateu a fome no Brasil e no mundo, reflete sobre a desigualdade e a fome em tempos de pandemia.
Consumo elevado de refrigerantes aumenta média de obesidade no Brasil. Políticas públicas intersetoriais poderiam garantir o direito à alimentação adequada e saudável.
Por Nathalie Beghin
Se você digitar gordofobia nos dicionários Aurélio e Michaelis será informado de que esse verbete não consta no sistema. Se você iniciar uma conversa a respeito do quanto o bullying contra gordos é nocivo, possivelmente ouvirá que “o mundo está muito chato”.
Por Julia Warken, do MdeMulher*
De acordo com a representante da FAO na América Latina e o Caribe, Eve Crowley, a região enfrenta atualmente uma crise de sobrepeso e obesidade que pode ser considerada uma epidemia.
A 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional reúne em Brasília mais de dois mil representantes de todos os estados para discutir os avanços e os obstáculos para o país atingir um padrão adequado e saudável de alimentação, caminho para conquistar a soberania alimentar. A abertura do evento ocorreu a partir das 17 horas e contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff.
Na última década, a obesidade migrou para o centro das atenções de Saúde Pública. Em países com o Brasil – para não falar dos norte-americanos… – ela tornou-se um problema muito mais generalizado que a desnutrição. Ao abordá-la, o enfoque é muitas vezes comportamental.
Por Antonio Martins, no Outras Palavras
Depois da saída do Mapa Mundial da Fome em 2014, o Brasil enfrenta novos desafios para assegurar a segurança alimentar da população. Uma das prioridades é a qualidade da alimentação, por meio da oferta de alimentos mais saudáveis, diversificados e que respeitem a cultura alimentar local. O combate ao sobrepeso e à obesidade (decorrentes da má alimentação) e a redução da insegurança alimentar e nutricional de grupos populacionais específicos também estão na agenda.
Mulheres obesas têm 2,57 mais chances de ter câncer de mama, principalmente após a menopausa e idade média de 56 anos. A constatação é dos responsáveis por uma pesquisa feita com 190 pacientes de Salvador entre 2012 e 2014.
O sedentarismo atinge 45,9% dos brasileiros, divulgou nesta segunda-feira (22) o Ministério do Esporte, na pesquisa Diagnóstico Nacional do Esporte. Os números foram coletados em 2013 e dão conta de que 67 milhões de pessoas não fazem atividade física ou praticam esporte.
O aumento do número de pessoas obesas e com diabetes ameaça a redução das mortes por doenças cardiovasculares, que nos últimos 50 anos caiu 60%, informou nesta quarta-feira (17) a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O índice de obesidade no país se manteve estável, mas o número de brasileiros acima do peso é cada vez maior. O resultado faz parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014, divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Ministério da Saúde.