Líderes autoritários utilizam negação da ciência para angariar apoio popular, diz Pilati, da Sociedade Brasileira de Psicologia
Os ideais arraigados de liberdade individual, a falta de mensagens coesas e liderança no uso de máscaras e desinformação generalizada provaram ser grandes obstáculos até agora, precisamente quando a crise exige consenso e conformidade generalizada
Documentos históricos guardados no Arquivo do Senado, em Brasília, mostram que, apesar da destruição que a febre amarela produzia a olhos vistos no Império, houve políticos que negaram a realidade e procuraram minimizar a gravidade da epidemia
Artigos devem ser retirados dos canais de comunicação da Fundação Palmares sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil
Inexplicavelmente, o governo se exime até de reconhecer a gravidade do mal que aflige todos, especialmente os que perderam – e ainda perderão – familiares e pessoas queridas
Na mente dos empreendedores brasileiros, o Estado está quebrado e nada pode ser feito a não ser enfrentar a pandemia ‘no peito’, daí apoiarem o fim da quarentena. Com isso, rumam ao conflito social generalizado.
Nicolelis ressaltou a importância da ciência nesse momento de crise. Lamentou o modo como políticos subestimam o vírus em plena guerra biológica. Sua recomendação é antecipar o ataque ao vírus na casa das pessoas, em vez de esperá-las chegar nas UTIs lotadas para começar a agir.
“Bolsonero”, “Aposta maluca”, “insensato”, “último cético” são os tratamentos dispensados a Bolsonaro nos jornais pelo mundo, que marcam seu isolamento.
Ninguém será considerado herege ou irá para fogueira se ousar divergir do consenso científico dominante. Mas vejo com muita preocupação, para ficar em amenidades, o discurso de flexibilização da quarentena baseado em evidências científicas isoladas ou puramente amparado na estratégia ad hominem, de desqualificar o autor da informação e não o seu conteúdo.