Uma olhada nas novidades editoriais produzidas no estudo das relações internacionais – ou, se quisermos usar uma linguagem “politicamente incorreta”, porém, mais clara e acessível: o imperialismo – revela a crescente presença de obras e autores que apelam à problemática geopolítica. A súbita irrupção dessa temática nos move a compartilhar uma breve reflexão, por duas razões.
Por Atílio Boron*, no Correio da Cidadania
No bairro de Shu'Fat, em Jerusalém Oriental, o palestino Iyad Al-Shaer estava em pé no interior destruído de uma estrutura modesta de blocos de concreto. A construção, uma adição à casa de Iyad, devia ser a nova residência de seu irmão, Baser, e a noiva. Mas a casa toda mobiliada, com um quarto coberto de corações que Baser tinha pintado para seu futuro filho, agora tem três buracos enormes no teto.
Por Sam Gilbert e Dylan Collins, na revista Vice
O presidente uruguaio, José Mujica, ofereceu ajuda de seu país para receber cerca de 70 pessoas, entre crianças e mulheres, vítimas da guerra civil na Síria. O ministro de Relações Exteriores, Luis Almagro, afirmou em entrevista concedida nesta quarta-feira (30) que a ideia é receber refugiados do campo de Zaatari, o maior do norte da Jordânia, onde vivem cerca de 100 mil pessoas em más condições de vida. O governo também estuda enviar ajuda humanitária à região.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, viajou nesta segunda-feira (28) a Cuba para uma visita oficial de dois dias, que tem como objetivo fortalecer os vínculos bilaterais em diferentes áreas da cooperação, segundo informou a agência Prensa Latina. Como parte da agenda de visita, Lavrov terá conversações com o seu homólogo cubano, Bruno Rodriguez.
Guernica (ou Gernika, em euskera), capital cultural e histórica do País Basco, região dividida entre a Espanha e a França e com longo histórico separatista, amanheceu no dia 26 de abril de 1937 esperando apenas mais um dia normal, pese a tensão pela guerra que se aproximava cada vez mais da cidade.
Por Raphael Tsavkko Garcia, de Bilbao para a Opera Mundi
Ao mesmo tempo em que comemora os 20 anos da eleição de Nelson Mandela como presidente e o fim do apartheid (24 de abril de 1994), a África do Sul se prepara para sua quinta eleição presidencial, dia 7 de maio. O contraste não poderia ser maior entre a gestão final do regime de apartheid – simbolizado pela figura do Mandela, mais engrandecida ainda com as cerimônias da sua morte – e o descontentamento e o desânimo com as novas eleições presidenciais.
Por Emir Sader*, em seu blog
A questão da independência do Saara Ocidental diz cada vez mais respeito aos rumos do desenvolvimento do Marrocos. Isso porque a região, que Rabat denomina “estados do Sul”, contribuiu fartamente para as receitas de exportação do reino.
Por Olivier Quarante*, no Le Monde Diplomatique
Uma das poucas coisas que estão se transformando em política de Estado no Brasil é a atual política externa, cujos fundamentos remontam à presidência Jânio Quadros e à atuação de Afonso Arinos de Melo Franco no Ministério das Relações Exteriores.
Por Roberto Amaral*, na Carta Capital
Para começar, é óbvio que a reconciliação é um assunto dos palestinos e ninguém tem o direito de vetá-la, já que nós, palestinos, não interferimos nos assuntos internos de outros países. Sabemos de antemão que os israelenses buscam qualquer pretexto para fazer fracassar as negociações colocando a culpa nos palestinos.
Por Mohamed Odeh*, especial para o Vermelho
O dia 25 de abril foi uma surpresa para o mundo. Quem havia de dizer que naquele pequeno país, atrasado, sujeito a uma velha ditadura protegida pela Otan, rodeado pelo Atlântico e pela Espanha franquista, havia de eclodir a primeira (e até agora única) revolução do pós-guerra na Europa?
Por Albano Nunes*, no Avante!
O governo alimenta o confronto criando condições para a guerra civil, diz o Partido Comunista da Ucrânia em nota emitida no dia em que Rússia, Ucrânia, EUA e UE prometeram a reduzir a tensão no território, o que não se verifica.
No campo, a principal preocupação dos jogadores de futebol é (ou deveria ser) vencer. Contudo, para os atletas palestinos, é mais importante manter a integridade física e ter seus direitos humanos respeitados. Em entrevista ao Vermelho, que esteve na Cisjordânia no final de março, o presidente da Federação Palestina de Futebol e o capitão da seleção denunciaram as constantes violações de Israel contra os esportistas.
Por Théa Rodrigues, da Redação do Vermelho