Luciana Santos ministra do MCTI, defendeu a implementação de políticas públicas para combater a desigualdade de gênero na ciência.
”A busca pela igualdade racial e o respeito à diversidade deve permear todo fazer político, já que estes são direitos inalienáveis, ainda que não respeitados”.
O PCdoB é um dos raros destaques positivos. Da bancada comunista de nove deputados federais, quatro são mulheres
Ela é jovem, descolada, feminista, defensora da legalização do aborto e militante de um movimento popular. Ofelia Fernández não lembra o padrão de pessoas que costumam ocupar cargos eletivos e espaços de decisão na política institucional. Mas, a partir de 10 de dezembro, ela assume como deputada de Buenos Aires, capital da Argentina. Eleita em outubro, a garota de 19 anos votou para presidente pela primeira vez no mesmo pleito em que foi eleita a legisladora mais jovem da América Latina.
Em visita a Cuiabá (MT), a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) defendeu o estímulo à inclusão de mulheres na política nacional. Entre os 513 parlamentares na Câmara Federal hoje, por exemplo, apenas 77 são mulheres. “A democracia busca representar a população. Se as pessoas não estão representadas, é uma democracia capenga”, declarou Manu, ao participar do Festival Tudo Sobre Mulheres, ao lado das deputadas federais Benedita da Silva (PT-RJ) e Rosa Neide (PT-MT).
A participação de mulheres na direção dos estabelecimentos agropecuários (pequenos, médios ou grandes) aumentou entre 2006 e 2017, passando de 12,7% para 18,7%. Num total de 5 milhões de produtores rurais, há 946 mil mulheres. Além disso, outras 817 mil participam da direção do estabelecimento de forma compartilhada com o cônjuge. É o que mostram os resultados do Censo Agropecuário 2017, divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De olho nas eleições municipais de 2020, a bancada feminina da Câmara dos Deputados quer aprovar, nos próximos meses, uma cota para mulheres no Legislativo. A mudança garantiria a presença de mais brasileiras nos cargos de vereadora, deputada estadual e federal. Apesar de contrário à ideia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deve levar o tema para o plenário da Casa decidir.
O jornal O Estado de S. Paulo dedica longa matéria, nesta sexta-feira (21/6), para expor a participação minoritária de mulheres nas chamadas “cúpulas dos partidos”. Dois exemplos sobressaem. Conforme o jornal, “em 19 das 30 siglas que elegeram deputados federais em 2018, as mulheres representam menos de 1/3 da composição da executiva nacional”. Além disso, apenas quatro desses partidos – PCdoB, PT, Rede e Podemos – têm “presidentas”.
Por André Cintra
Olívia Santana*
“Paulinha protagonizou uma polêmica por ter peitos, ou seja, por ser mulher num espaço de homens. Afirmou em entrevista: “mulheres estão na política e a sociedade tem que se acostumar com elas como são”. Gostem os recatados ou não, seus seios podem ser um troféu, mas um troféu que ela decidiu ressaltar, na própria posse, como deputada eleita, afirmando seu protagonismo com estilo particular”.
Por Juliana Diniz*
“Num cenário político onde as mulheres são as protagonistas na luta antifascista, fica a lição: o Ceará também merece nossa luta por mais mandatos com representatividade de verdade para as mulheres. É fundamental que as militantes, ativistas e líderes de movimentos sociais ligados a questões de gênero apoiem e trabalhem nas campanhas eleitorais de mulheres e LGBT”.
Por Raquel Andrade*
Se ainda restava alguma dúvida sobre a importância das mulheres para decidir o futuro do país, já não existe mais. As eleições de 2018 vieram comprovar que, mais que representar 52% do eleitorado, são as mulheres que protagonizam os principais debates e acontecimentos desta disputa.