Em 2019, o desmanche, encerramento e desfinanciamento da saúde, educação, programas e ações sociais aprofundaram a crise e as dificuldades de amplas camadas do povo
No Dia Mundial do Direito à Habitação, várias entidades do movimento de luta pelo direito à moradia realizaram ocupações estratégicas em todo o país, nesta segunda-feira (5). As ações também fazem parte da jornada pelo direito à moradia, que ocorrerá durante toda a semana. Em São Paulo, os manifestantes ocuparam a Caixa Econômica, referência na distribuição dos programas sociais de moradia do governo federal.
Por Laís Gouveia
A juíza da 6ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Alexandra Fuchs de Araújo, julgou procedente o pedido da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e anulou os leilões de 60 terrenos onde vivem cerca de 400 pessoas nos bairros do Brooklin e Campo Belo, na zona sul de São Paulo.
O juiz Celso Maziteli Neto, da 3ª Vara Cível de Itaquera, concedeu nesta quinta-feira (7) liminar autorizando a reintegração de posse do terreno onde está instalada a ocupação Copa do Povo, no Carmo, zona leste de São Paulo. A ação que deu origem à decisão foi movida pela Inpar Projeto Ltda, proprietária da área de 150 mil m².
Após nova rodada de negociações durante o dia desta terça-feira (6), o impasse sobre a permanência dos moradores da comunidade quilombola Rio dos Macacos, na Bahia, continua. O governo federal sugeriu a redução do território de cerca de 300 hectares para 86 hectares, proposta recusada pelos representantes da comunidade. Houve a alteração da proposta para 104 hectares, o que também foi rejeitado pelos quilombolas.
Cerca de 40 pessoas retiradas do terreno da Oi, no Engenho Novo, permanecem acampadas desde a última sexta-feira (18) ao lado do estacionamento da Catedral Metropolitana de São Sebastião, na Avenida Chile, centro da capital fluminense. Os manifestantes recebem doações de água e comida por meio de pedidos feitos nas redes sociais. A catedral disponibilizou um banheiro externo aos desalojados.
Desde as 4h45 da madrugada desta sexta-feira (11), policiais militares fazem operação de reintegração de posse de um terreno pertencente à empresa Oi, no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, respaldados por decisão judicial. O local, conhecido como Favelinha da Telerj, foi ocupado no dia 31 de março por cerca de 6 mil pessoas, a maioria fugindo da alta dos aluguéis. Segundo a polícia, o local já foi desocupado.