Nova missão aprovada pelo Conselho de Segurança apoiará a polícia nacional haitiana no combate às gangues que aterrorizam o país e já dominam 80% da capital Porto Príncipe
Ela tem cabelos trançados e roupas simples. Na multidão em Porto Príncipe, Martine Gestimé passa despercebida, mas ela traz um relato chocante. Pela primeira vez, uma mulher com rosto, nome e sobrenome resolve denunciar um soldado brasileiro no Haiti. Martine diz ter sido estuprada por um militar do Brasil em junho de 2007
Um dos temas mais controversos da Minustah (tropas da ONU): a responsabilidade pela disseminação do surto de cólera que se abateu sobre o país e matou quase 10 mil pessoas. Em entrevista, o professor Ricardo Seitenfus fala sobre a "mancha na história das Nações Unidas com seus membros mais frágeis como é o caso do Haiti"
O senador haitiano, Jean Charles Moise, apresentou ao Senado brasileiro uma resolução aprovada unanimemente pelos senadores de seu país pedindo a retirada gradual das tropas da Minustah até o próximo dia 28 de março de 2014. Moise participou como convidado do 5º Congresso do PT, realizado de 12 a 14 de dezembro em Brasília.
Milhares de haitianos pediram nesta segunda-feira (18) nas ruas de Porto Príncipe a renúncia do presidente Michel Martelly e reivindicaram melhores condições de vida no país caribenho, o mais pobre da América.
O presidente do Uruguai, José Mujica, anunciou nesta sexta-feira (15) que retirará 200 dos 940 soldados do país que fazem parte da Missão de Paz da ONU no Haiti (Minustah). Chefiada pelo Brasil, a missão começou em 2003, após um forte período de crise política.
O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, afirmou que sei país vai retirar as tropas do Haiti. Para ele, haver um "estancamento político" na ilha caribenha. As declarações foram dadas em um programa de TV na última terça-feira (29).
Mesmo contrariando as reivindicações dos movimentos sociais haitianos de retirada das tropas militares estrangeiras, o Conselho de Segurança da ONU votou de forma unânime decidiu pela a prorrogação da presença da Missão das Nações para a Estabilização do Haiti (Minustah) no país. Apesar de reduzir o contingente de soldados, a Minustah continuará operando até 15 de outubro de 2014.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, recomendou nesta terça-feira (20) que a presença de tropas no Haiti seja reduzida em 15%. Além disso, ele também propôs a realização de um exame para averiguar se a operação de manutenção da paz continua sendo a melhor maneira de apoio ao país. Até junho de 2014, ele propõe que a força militar passe a contar com 5.021 membros, frente a 6.270 que estão atualmente na região.
Joseph Pierre Lamothe, do Partido campesino para a libertação do Haiti, o Kontrapepla, participou 19º Encontro do Foro de São Paulo, para “sensibilizar todas as forças de esquerda, e ao mundo, através delas, sobre a nossa firme reivindicação pela desocupação do Haiti”. Lamothe deu uma entrevista ao Portal Vermelho, quando explicou a visão do seu partido sobre a presença das tropas da ONU no Haiti, lideradas pelo Brasil.
Por Moara Crivelente, para o Vermelho
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou nesta segunda-feira (12) a nomeação do holandês Peter de Clercq como vice-representante especial para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). Ele também atuará como coordenador residente, coordenador humanitário e representante residente da ONU.
A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou nesta sexta-feira (31) uma entrevista feita por ocasião da retirada da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) com o chefe da missão, Nigel Fisher. Segundo ele, é preciso estabelecer metas até 2016 com base na "consolidação do Estado de Direito; no fortalecimento da Polícia Nacional do Haiti; na transferência da gestão eleitoral e na governança". “O sucesso de uma missão de paz é medido quando esta se retira”, afirma.