A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a máfia das merendas envolvendo membros da alta cúpula do governo Alckmin, será instalada nesta quarta-feira à tarde (22) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O movimento estudantil alerta que a disputa pelos rumos da CPI será intensa, pois a maioria dos parlamentares participantes da comissão, são aliados da gestão tucana.
Por Laís Gouveia
A juíza Vanessa Barbosa, da comarca de Bebedouro, no interior paulista, decidiu enviar parte das investigações sobre fraudes nos contratos da merenda no estado à Justiça Federal. A magistrada acatou o argumento do Ministério Público de São Paulo de que uma parcela significativa dos recursos envolvidos é federal, transferidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Relatório do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo apontou diversas irregularidades na alimentação escolar fornecida a 135 escolas de ensino básico que recebem alimentação por meio da Secretaria Estadual de Educação, do governo do tucano de Geraldo Alckmin (PSDB).
Em meio às notícias de superfaturamento e falta de merenda nas escolas, milhares de alunos têm saído às ruas e promovido ocupações para protestar contra a administração do governador de São Paulo, Geraldo Alckmim. Mas o que comem os estudantes das escolas estaduais de São Paulo?O crítico gastronômico Jota Bê, almoçou por uma semana a refeição servida nas escolas.
A Polícia Militar de São Paulo aumenta a cada dia o seu nível de truculência. Nesta quarta-feira (19), estudantes e movimentos sociais protestavam contra a medida do Alckmin de ordenar a saída dos estudantes das ocupações nas ecolas técnicas sem mandato judicial, quando foram surpreendidos por bombas de efeito moral, spray de pimenta e cassetetes. Seis secundaristas foram presos. Os estudantes também lutam contra a máfia da merenda envolvendo a alta cúpula do governo Alckmin.
Após intensa mobilização dos estudantes, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar desvios na compra de merenda escolar da rede estadual de São Paulo deverá ser votada na próxima semana na Assembleia Legislativa. A pauta já está na ordem do dia e deve ser apreciada nas próximas sessões. Entidades do movimento estudantil prometem acompanhar as audiências e manter pressão para aprovar a CPI.
Compondo um ministério com pelo menos 7 investigados na Lava Jato e recém-saído de um governo coberto de suspeitas de corrupção em esquemas como trensalão e merendão, o ministro da Justiça do gabinete de Michel Temer, Alexandre de Moraes, disse que não há investigações sobre esses casos porque “não têm escândalos”.
Os estudantes Secundaristas de São Paulo conquistaram nesta terça-feira (10) as sete assinaturas que faltavam para a abertura da CPI da merenda na Assembleia Legistativa de São Paulo (Alesp), resultado da ocupação promovida no plenário da casa, entre terça-feira e Sexta-feira da semana passada.
A instalação da CPI da Merenda que visa investigar o desvio de recursos públicos destinados à alimentação de crianças das escolas públicas estaduais de São Paulo vinha se arrastando na Assembleia Legislativa desde janeiro.
Em luta contra a máfia das merendas em São Paulo, onde a cúpula do governo Alckmin é investigada por esquemas de propina envolvendo a compra de alimentos com cooperativas, somando o valor de R$ 7 milhões em contratos com 21 prefeituras, o movimento secundarista obteve uma grande conquista nesta terça-feira (9) somando as 7 assinaturas que faltavam para a abertura da CPI da merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
O cantor e compositor Nando Reis, se posicionou sobre o esquema de corrupção envolvendo membros do PSDB na compra de alimentos de cooperativas. Desde o início do ano, secundaristas de todo o estado de São Paulo são diretamente prejudicados pois, os colégios deixaram de servir arroz, feijão e mistura e passaram a oferecer bolachas água e sal. Uma onda de protestos surgiu para lutar contra os cortes na educação e pela instalação da CPI da merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Os secundaristas de São Paulo, que ocuparam na semana passada a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), seguem firmes na luta contra o sucateamento da educação no estado e pelo direito à merenda, pois foram diretamente prejudicados com o esquema da máfia na compra de alimentos de cooperativas, gerando um impacto nos colégios, que servem em suas refeições bolacha água e sal aos estudantes. Fernando Capez (PSDB-SP), presidente da Alesp, é apontado como envolvido do esquema.