A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse nesta quinta-feira (4), que os médicos brasileiros têm razão em algumas de suas reivindicações, mas que é preciso debater outras delas. E lembrou que a presidenta Dilma Rousseff publicará na próxima semana edital requisitando médicos brasileiros para atuar em municípios distantes e nas periferias das grandes cidades. Não havendo número de interessados suficientes para ocupar as vagas, as restantes serão oferecidas a médicos estrangeiros.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) pagou táxi, dispensou seus funcionários mais cedo e ainda se dispôs a remunerar com hora extra quem participasse do protesto de quarta-feira (3) na avenida Paulista, centro de São Paulo (SP) contra a contratação de médicos estrangeiros. A denúncia foi feita pelo Blog do Rovain nesta quinta (4), reproduzida abaixo.
A última quarta-feira (3/7) foi um dia histórico para a categoria médica da Bahia. A proposta de criação do Plano de Cargo, Carreira e Vencimentos (PCCV), uma luta da categoria que se arrastava há 30 anos, foi sancionada pelo governador Jaques Wagner, durante uma reunião com representantes de entidades do setor, na Governadoria, em Salvador.
Nesta quarta-feira (3), a classe médica brasileira, liderada por sindicatos, foi às ruas para protestar contra o projeto do governo federal de importação de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma e reivindicar melhorias no sistema de saúde pública. O plano do Ministério da Saúde, no entanto, prioriza os brasileiros e não permitiria que os estrangeiros concorressem a vagas nos grandes centros, eliminando a possibilidade de competição com os médicos locais.
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atual ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Marcelo Neri, disse, nesta quarta (3), ser favorável à vinda de médicos estrangeiros ao Brasil devido à escassez dos profissionais no país.
Os ministérios da Saúde e da Educação reajustaram em 24,8% o valor da bolsa paga aos profissionais que estão cursando residência médica e de outras áreas da saúde. A medida beneficia 23.134 residentes, que passarão a receber R$ 2.976,26 por mês.
Até 2015, serão criadas 35 mil vagas para médicos no Sistema Único de Saúde (SUS), informou nesta terça-feira (25) o Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, os postos serão abertos com investimentos do Ministério da Saúde. O número pode crescer com as verbas na área aplicadas pelos estados e municípios para ampliar a rede de atendimento.
O Ministério da Saúde anunciou hoje (25) que até 2017 irá abrir 12 mil vagas de residência médica em todas as especialidades. A medida visa a ampliar o número de especialistas e zerar o déficit da residência médica em relação ao número de formados em medicina. As primeiras 4 mil vagas serão criadas até 2015.
"Não se faz saúde sem médico". Com essa frase, Alexandre Padilha, ministro da Saúde, aponta um dos principais desafios de sua pasta e do país. O Ministério analisa propostas para importar médicos estrangeiros para compor os quadros em hospitais públicos, iniciativa que tem gerado polêmica. "Chegou a hora de o Brasil planejar o número de médicos que quer ter", afirma Padilha ao Valor Econômico.
Dados divulgados no último mês dão conta de que o Maranhão continua como o estado com menor número de médicos por habitantes do país. Com a fração de 0,7 médicos para cada 1.000 maranhenses, o estado precisa aumentar a formação de médicos no estado.
Cerca de 41% dos municípios da Região Nordeste que solicitaram médicos por meio do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), do Ministério da Saúde, não conseguiram atrair nenhum profissional. O Nordeste é apontado pelo ministério como a de maior carência desses profissionais. O dado está no balanço do Provab divulgado nesta segunda-feira (3).