Para incautos ou ingênuos, pode parecer que o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) se saiu bem no depoimento dado na CPI do Cachoeira. Afinal, tarimbado até em debates nas campanhas eleitorais, conseguiu responder quase todas as perguntas com desenvoltura.
A CPI realizada pelo Congresso Nacional que tenta investigar a influência do bicheiro Carlinhos Cachoeira sobre o poder público acabou suscitando um debate tão inesperado quanto necessário no país: a relação da mídia com as esferas de poder, sejam elas políticas ou econômicas.
O vídeo acima confirma que o tucano Marconi Perillo começa a ser abandonado pelo seu próprio partido. Constrangido, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, não gostou do que ouviu na tarde de hoje do empresário Walter Santiago na CPI do Cachoeira sobre a venda da mansão do governador goiano por R$ 1,4 milhão. “Nós temos que questionar o governador”, fustigou o senador paranaense.
Por Altamiro Borges, em seu Blog*
A situação do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), se complica a cada dia. Segundo peritos da Polícia Federal — que analisam os documentos da operação Monte Carlo — os cheques que remuneraram o governador tucano pela venda de uma casa em 2011 saíram de uma conta bancária que recebeu dinheiro da empreiteira Delta.
O delegado da Polícia Federal Matheus Mela, que coordenou a Operação Monte Carlo, afirmou ontem haver "indícios veementes" de que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), vendeu uma casa diretamente a Carlinhos Cachoeira. A declaração foi dada ontem (10), durante depoimento sigiloso à CPMI do Cachoeira, e contradiz a versão do governador tucano, que afirma ter vendido a casa para a empresa do senhor Walter Paulo Santiago, dono da Faculdade Padrão, de Goiânia.