Os profissionais com diploma do Brasil que vão participar do Programa Mais Médicos têm até esta quinta (12) para se apresentar nos municípios selecionados. Quem não comparecer será excluído do programa e ficará impedido de retornar pelos próximos seis meses. O processo de apresentação começou no dia 2.
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quarta (11) que criou o Programa Mais Médicos porque ouviu a demanda da população. Em discurso durante cerimônia de anúncio da construção da Linha 3 do metrô do Rio, Dilma disse que é obrigação de um governo conhecer as necessidades do povo.
O nome de Marcos Tiaraju Correa da Silva foi escolhido de forma coletiva, mediante votação em uma assembleia com quase 10 mil pessoas. O cenário desta decisão era a ocupação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na fazenda Annoni, no norte do Rio Grande do Sul, no dia 1° de novembro de 1985.
Os profissionais de saúde que já chegaram ao Brasil pelo Programa Mais Médicos e que vão atuar em áreas indígenas estão tendo os primeiros contatos com a saúde do índio. De acordo com informações do Ministério da Saúde, um grupo de médicos visitou uma casa de apoio ao indígena no Distrito Federal. Os profissionais devem começar a trabalhar nos municípios a partir do dia 16 de setembro.
Indígenas do Amazonas esperam pelos profissionais selecionados pelo programa Mais Médicos. Há 160 mil indígenas nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) do Estado, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, além de lidar com a falta de infraestrutura, os profissionais destacados podem se deparar com outro problema: a dificuldade de acesso às aldeias, segundo as lideranças locais.
Ex-presidente defende iniciativa do governo federal de trazer médicos estrangeiros para trabalhar no País e diz que "não reconhecer a solidariedade" dos cubanos é "faltar ao bom senso"; líder petista também afirma que deveria haver compreensão, pois "nós não estamos querendo substituir brasileiros por nenhum outro médico".
Dezenas de manifestantes estiveram na frente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), na terça-feira (3), para protestar contra a resistência dos médicos brasileiros em aceitar os profissionais da saúde que vieram de fora do país para trabalhar no programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde.
A saúde pública foi sempre o patinho feio das políticas sociais. Enquanto a educação está sempre impulsionada pela ideia de que sua extensão representaria o resgate dos problemas atuais e futuros de um país, a saúde costuma ficar relegada, mesmo se as pesquisas de opinião a coloquem como um dos maiores problemas enfrentados pela população.
Por Emir Sader, em seu blog
Ao iniciar nesta quarta (4) a sessão da comissão geral no plenário da Câmara para debater a Medida Provisória (MP) 621, que cria o Programa Mais Médicos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o debate sobre o tema não deve ser politizado, nem levadas em consideração diferenças partidárias. A prioridade, segundo ele, deve ser garantir o atendimento médico à população. “Nesse tema não se pode ter partido. Essa iniciativa foi solicitada por prefeitos de todos os municípios”, destacou.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), representação da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, instituiu uma equipe que contará com 22 médicos cubanos para assessorar, monitorar e avaliar o Programa Mais Médicos do Ministério da Saúde.
A segunda etapa de inscrições do Programa Mais Médicos teve 3.016 profissionais inscritos. Do total, 1.414 têm diploma do Brasil e 1.602 são formados no exterior. Os municípios também puderam aderir novamente ao programa: 514 cidades e 25 distritos indígenas requisitaram médicos.
Os 11 primeiros profissionais do programa Mais Médicos, do governo federal, chegaram ao DF ontem.