A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiou a decisão sobre a retirada do canabidiol, uma substância derivada da maconha, da lista de substâncias proibidas no país, para permitir seu uso como medicamento.
O Uruguai administrará maconha medicinal a pacientes terminais, pessoas com doenças neurológicas e ex-viciados em drogas mais pesadas, antecipou nesta quinta-feira (15) o vice-ministro de Saúde Pública (MSP), Leonel Briozzo. Segundo evidências, a cannabis "é útil" para "cuidados paliativos, doenças neurológicas e desintoxicação em drogas mais duras", declarou Briozzo à imprensa durante um ato de vacinação dirigido a cidadãos que viajarão ao Brasil para a Copa do Mundo.
Os ministros uruguaios e o presidente, José Mujica, assinam nesta segunda-feira (5) a lei que regulamenta o cultivo e cria o primeiro mercado de maconha legal do mundo. O decreto (Lei 19.172) começa a vigorar a partir da terça-feira (6), mas a venda em farmácias deve acontecer somente em novembro deste ano.
Nos domínios da sua pequena fazenda a meia hora de carro de Montevidéu, José Mujica acabou de fazer sua colheita anual de acelga. Mas, como presidente do Uruguai, ele vai supervisionar um experimento sem precedentes e um cultivo muito mais controvertido: o país de 3 três milhões de pessoas em breve se tornará o primeiro no mundo a legalizar, regular e participar da produção, venda e taxação da maconha.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 3 mil pessoas estiveram na marcha. Mais cedo, os organizadores estimaram mais de 10 mil pessoas no ato. A concentração ocorreu no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), de onde os manifestantes saíram em passeata pela Avenida Paulista em direção à Praça Roosevelt, onde o ato foi encerrado. A marcha ocorre desde 2007 no Brasil. Em São Paulo, teve início em 2008. Este ano, o lema é Cultivar a liberdade para não colher a guerra.
Por uma mudança de mentalidade em relação ao paradigma proibicionista das drogas é que o coletivo Marcha da Maconha sai às ruas de São Paulo neste sábado (26). Os manifestantes irão se concentrar no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, às 14h, e seguirão até a praça Roosevelt, onde a marcha será encerrada. O trajeto do protesto, no entanto, será definido na hora.
O coronel da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, Jorge da Silva, membro da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD), manifestou-se nesta sexta-feira (21) contra a proibição penal relativa ao uso de drogas. Silva foi um dos participantes do debate Legalizar é o Caminho?, promovido pelo Conselho Municipal Anti-Drogas (Comad) sobre a liberação ou não do uso da maconha.
O Uruguai não permitirá a exportação de maconha na primeira etapa da aplicação da legalização, já que as autoridades querem ser "muito claras e estritas" durante os passos iniciais da inovadora legislação. "A decisão nesta primeira etapa é que não vamos permitir a exportação de maconha, porque é simplesmente para o consumo interno do país", declarou à Agência EFE em Viena o secretário da Presidência, Diego Cánepa.
A maconha uruguaia será cultivada “seguramente” em prédios e terrenos das Forças Armadas, afirmou o presidente José Mujica em entrevista ao jornal chileno La Tercera, publicada nesta quinta-feira (13). A escolha de terrenos militares faz parte da proposta de regular a produção, distribuição e venda da droga para garantir que se cumpram todas as medidas de segurança, explicou hoje o ministro da Defesa Nacional, Eleuterio Fernández Huidobro, à Radio Sarandi.
No dia 23 de dezembro de 2013, o presidente uruguaio José Mujica aprovou um projeto de lei para criar um mercado regulamentado e legal da maconha. Com a medida, ele tornou-se o primeiro chefe de Estado a legalizar a produção e a venda – em uma rede de farmácias – de uma droga proibida em toda parte.
Por Johann Hari*, no Le Monde Diplomatique
A lei uruguaia que regulamentou a compra e a venda de maconha no país aguçou o interesse de laboratórios médicos do Canadá, Chile e Israel. Antes mesmo da medida que descriminalizará a produção e o comércio da planta entrar em vigor — falta a sanção presidencial —, representantes do setor farmacêutico estão procurando políticos uruguaios e organizações sociais para comprar a maconha uruguaia e, até, instalar fábricas no país.
Dono da Tabacalera Del Este S.A e da Tabacos Paraguay S.A, duas das maiores produtoras de cigarro do Paraguai, e com um largo histórico de acusações de envolvimento com narcotráfico, o presidente Horácio Cartes (Partido Colorado) declarou na manhã desta quinta-feira (2) ser contra a legalização da maconha.
Por Mariana Serafini do Portal Vermelho