Assim como no Brasil, a Argentina também passa por um processo intenso de luta contra o machismo. Com a palavra de ordem “Ni una menos” (nem uma a menos), as argentinas saem às ruas hoje em mais de 100 pontos pelo país. A principal manifestação acontece na capital, Buenos Aires, em frente ao Congresso Nacional.
Um frangaço. Assim podem ser definidas as postagens com teor machista publicadas nas redes sociais pelo terceiro goleiro do Corinthians, Matheus Vidotto. Fã declarado do deputado Jair Bolsonaro, que homenageou um torturador conhecido por estuprar mulheres utilizando ratos durante a ditadura militar, o arqueiro minimizou as situações de violência implícita de gênero, desmereceu o movimento feminista – que luta pela igualdade de direitos – e debochou de suas bandeiras de luta.
Por Penélope Toledo*
Sob o fruto da ideologia patriarcal, as mulheres padecem no Brasil. Seja em uma corrida de táxi na madrugada, por andar sozinha em uma rua deserta ou pelo tamanho do seu vestido, elas ainda são vítimas de uma cultura de objetificação, que atravessou séculos e ainda exerce os seus valores no país.
Por Laís Gouveia
*Por Angelina Anjos
É a primeira vez, desde o Governo Geisel, que não há mulheres ocupando cargo de ministras na Esplanada. O governo de homens brancos, bolsos cheios do dinheiro do povo que decreta a não participação da mulher na política.
Estes moços querem nos fazer crer que a capacidade da mulher é duvidosa e como penitência querem nos bastar de belas, recatas e do lar.
O prazer das mulheres é na luta por mais direitos e à participação na política, a participação é uma premissa da democracia.
Um grupo de "mulheres contra o golpe" estiveram nesta terça-feira (10), no Senado e se manifestarem contra o machismo e o golpismo. Em uma marcha, elas entoavam: "golpistas, machistas, não passarão!" e traziam cartazes com os dizeres "Dilma fica", "Golpe não!", "O Golpe é uma vergonha nacional". Elas foram expulsas da Casa, mas não deixaram de gritar palavras de ordem até a saída do prédio do Senado.
A crise política é reveladora do espantoso atraso cultural de uma larga parcela da elite brasileira, sobretudo seus representantes no Poder Legislativo.
Por Olívia Santana*
A crise política é reveladora do espantoso atraso cultural de uma larga parcela da elite brasileira, sobretudo seus representantes no Poder Legislativo. O golpe de Estado, travestido de impeachment, contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, tem seu itinerário marcado por ódio ao projeto que mais mudou as condições de vida da população, valorizou nossa soberania e ergueu o Brasil no concerto das nações.
Por Olívia Santana*
Um grupo de mulheres fez uma manifestação na noite de nesta quarta-feira (26), na capital paulista, contra a idealização feminina e o impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff. O ato, que ocorreu em frente ao Theatro Municipal, teve protestos contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o vice-presidente Michel Temer, e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
As redes sociais divulgaram, com perplexidade, o programa do Ratinho, que foi ao ar no último dia 15. Velho de guerra do estilo televisivo moribundo dos anos 90, com exames de DNA, deficientes físicos estereotipados como aberrações e muitos barracos, o apresentador, enfim, conseguiu destaque, chutando a nuca da sua assistente de palco, Milene Pavorô.
Por Laís Gouveia
Como um tiro na cabeça e um mal estar sem medidas, de um jornalismo sarcástico e violador de direitos – a revista Veja esta semana dedicou algumas páginas para uma abordagem a respeito do estilo de vida caseiro e discreto da esposa do vice-presidente do Brasil, Michel Temer, intitulado “Bela, recatada e do lar” – Marcela Temer é o protótipo a ser seguido e admirado, afinal, qual o problema em conter tantos adjetivos do século passado?
* Por Angelina Anjos
Todo mundo viu, quase ninguém gostou. A revista Veja estampou na semana passada uma foto da esposa de Temer, Marcela, tecendo comentários positivos sobre ela, enaltecendo-a como uma mulher bela, recatada e do lar. Não haveria problema algum caso os únicos adjetivos que a acompanhassem na nota não fossem estes.
Por Matê da Luz