As negociações com o objetivo de pôr um fim à crise na Líbia, a questão dos territórios palestinos ocupados por Israel e a ameaça do inverno para os refugiados no Oriente Médio marcaram na semana nas Nações Unidas.
O governo líbio reconhecido pela comunidade internacional anunciou nesta segunda-feira (5) a proibição de entrada no país de cidadãos de origem síria, palestina e sudanesa, alegando motivos de segurança.
Na falta de maior sinceridade, dois chanceleres de países europeus, Itália e França, reconheceram no fim deste ano, 2014, que a agressão militar da Otan, da qual ambos são membros, desencadeou o caos na Líbia.
A França superestimou em 2011 a capacidade das forças líbias para garantir a transição política após a derrubada de Muamar Kadafi, opinou nesta terça-feira (16) o ministro de Defesa, Jean-Yves Le Drian.
A guerra entre facções na Líbia ameaça levar o país norte-africano a um "ponto de inflexão", afirmou a ONU. Não existem perspectivas de um cessar-fogo já que não foram alcançados progressos nas negociações entre o governo legal e os representantes de Misrata (no noroeste do país).
Imigrantes africanos desapareceram no mar nesse domingo (14), na costa da Líbia, quando o barco em que viajavam afundou, informou nesta segunda-feira (15) a Marinha líbia, acrescentando que já foram resgatadas 36 pessoas. Eles estavam a caminho da Europa.
O grupo de Estados fronteiriços com a Líbia afirma que deter a violência nesse país norte-africano, requer desarmar a milícias que se enfrentam pelo controle de diversas áreas, mas o difícil é como o conseguir.
O grupo de Estados fronteiriços com a Líbia afirma que deter a violência nesse país norte-africano, requer desarmar as milícias que se enfrentam pelo controle de diversas áreas, mas o difícil é como conseguir fazer isso.
Um grupo de militantes islâmicos autodenominado Fajr Libya (Madrugada da Líbia) afirmou este domingo haver tomado o controle do complexo de edifícios da embaixada dos EUA na capital líbia, Trípoli, informa a emissora de televisão Fox.
O processo político de criação na Líbia de um Estado democrático moderno ficou em um beco sem saída, e a atual crise na Líbia foi o resultado da interferência dos EUA e seus aliados da Otan, declarou esta segunda-feira (25) o Ministério das Relações Exteriores russo.
Para o especialista Alfredo Jalife-Rahme, a simultaneidade dos eventos ilumina seu significado: após anunciar a criação de uma alternativa ao FMI e ao Banco Mundial, isto é, o dólar, a Rússia está tendo que enfrentar, ao mesmo tempo, a acusação de ter derrubado o jato da Malaysia; o ataque israelense em Gaza, apoiado pela inteligência militar dos EUA e do Reino Unido; o caos na Líbia; e a ofensiva do Estado Islâmico no Levante.
Por Alfredo Jalife-Rahme, no La Jornada
A agressão militar da Otan, que levou a queda do regime liderado por Muhamar Kadhafi e ao seu assassinato,instalou o caos na Líbia. A economia daquele que ainda há pouco era um dos países mais ricos e desenvolvidos de África afunda-se, num quadro de guerra civil e de desagregação do Estado.
Por Carlos Lopes Pereira, no Avante!