A interminável guerra na Líbia, desencadeada há quase uma década pela agressão imperialista de 2011 e continuada ao longo de anos por diversas ingerências estrangeiras, pode agravar-se ainda mais com a intervenção militar do Egito. Por Carlos Lopes Pereira
Guerra já provocou a morte de mais de 200 pessoas.
Da Euronews
Um resumo diário das principais notícias internacionais
Mais de mil pessoas se afogaram no Mediterrâneo neste ano ao rumarem da Líbia para a Europa, e um aumento súbito de travessias para evitar uma esperada repressão da União Europeia foi visto nos últimos dias, disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM) no domingo (1)
Anistia Internacional (AI) ameaça levar dirigentes da UE ao tribunal por abusos com refugiados da Líbia. "Nos vemos no tribunal”, disse John Dalhuisen, diretor da ONG internacional, dirigindo-se aos líderes que financiam a guarda costeira libía e um sistema de centros de detenção que opera em conjunto com milícias e traficantes
Com o intuito de fechar suas forteniras marítimas, a União Européia tem financiado guardas costeiras de outros paíes para impedir a partida de migrantes ou para resgatá-los; até agora, existem inúmeros relatos de violação dos direitios humanos
Na última semana, veio a público notícias sobre o escândalo da venda de escravos “em pleno século 21”, com referências à crise migratória e humanitária, a “calamidade pública” existente na Líbia; tudo, porém, sem alusões ao que motiva essa crise, que provém da destruição do país norte-africano pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Seis anos após a desastrosa intervenção ocidental, a Líbia acumula uma nova tragédia, com imigrantes se tornando escravos e sendo vendidos por cerca de 1,5 mil reais.
Segundo pesquisa do Instituto Civey difundida na segunda (14), quase 70% dos cidadãos da Alemanha defendem repatriação de migrantes à Líbia após chegarem à Europa. Entre simpatizantes de partido populista de direita, apoio chega a quase 100%.
Completam-se em março próximo 6 anos do início da agressão à Líbia pela Otan. O país foi destruído. O povo líbio vive no inferno. Mas deixou de ser assunto para as grandes mídias internacionais, até porque operações semelhantes prosseguem noutros lugares, nomeadamente na Síria.
Por Higino Polo, no La Haine
“Massacre de Berlim, por que o terrorista deixou seus documentos” – pergunta o “Corriere della Sera”, falando de “esquisitices”. Para obter a resposta basta dar uma olhada no passado recente, mas disso não há mais memória. Foi reescrita pelo “Ministério da Verdade” que – imaginado por George Orwell no seu romance de ficção política “1984”, crítico do “totalitarismo stalinista” – tornou-se realidade nas “democracias ocidentais”.
Por Manlio Dinucci*
O presidente do Tchade e da União Africana (UA), Idriss Deby, lançou uma proposta de reconciliação nacional na Líbia na procura de uma solução ao conflito militar nesse país, informou nesta sexta-feira (11) a agência regional PanaPress.