Consumidores maiores de idade poderão portar 25 gramas, cultivar até 50 gramas e ter três plantas de cannabis. Regras proíbem utilização perto de escolas e locais com crianças
O país se torna o segundo do mundo a adotar medida, depois do Uruguai. Cada consumidor poderá portar até 30 gramas
Três meses após o Departamento de Justiça endurecer a política contra a droga, mais Estados apostam na descriminalização e o apoio social aumenta
Santander, Itaú, Bank of America e Citibank são alguns dos bancos que ameaçam encerrar contas de empresas que trabalham no mercado da cannabis
A consulta pública aberta no site do Senado sobre a "regulação do uso recreativo, medicinal e industrial da maconha", tem a aprovação da ampla maioria das pessoas que participaram da enquete. Segundo o site, mais de 11,6 mil pessoas são favoráveis a liberação do uso da maconha, contra apenas 670 que dizem que não querem ver o uso da erva regulamentado.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, afirmou na semana passada que os consumidores de maconha devem ter permissão de transportar maiores volumes da planta. Além disso, o presidente opina que aqueles que foram condenados por infrações menores relacionadas com a maconha devem ser libertados.
Pesquisa Datafolha encomendada pelo Instituto de Ciências Tecnológicas e Qualidade Industrial (ICTQ) revela que 56% dos brasileiros são contra a venda de maconha para uso medicinal; 50%, no entanto, aprovam a liberação de remédios derivados da droga. Foram feitas 2.162 entrevistas em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
A partir de agora, os usuários e produtores domésticos de maconha que desejarem consumir e cultivar cannabis no âmbito de um clube de membros já podem se registrar oficialmente e obter habilitação do Estado para funcionar. Trata-se da segunda etapa de implantação da lei aprovada em dezembro de 2013, que coloca nas mãos do governo o controle de todo o processo de produção, armazenagem, venda e consumo de cannabis.
Por Denise Mota, de Montevidéu para o Portal Terra
Nos domínios da sua pequena fazenda a meia hora de carro de Montevidéu, José Mujica acabou de fazer sua colheita anual de acelga. Mas, como presidente do Uruguai, ele vai supervisionar um experimento sem precedentes e um cultivo muito mais controvertido: o país de 3 três milhões de pessoas em breve se tornará o primeiro no mundo a legalizar, regular e participar da produção, venda e taxação da maconha.
O Uruguai, um pequeno país que quase não é visto no mapa, é o primeiro país do mundo a legalizar a maconha e a assumir o controle de todo o processo de produção e venda da erva. A regulamentação da produção da "marijuana" reforça a agenda progressista do governo de José Mujica, que recentemente também legalizou o aborto e a Lei do Matrimônio Igualitário, que permite a união de casais homossexuais.
Por Aram Aharonian*, na Carta Maior
Dono da Tabacalera Del Este S.A e da Tabacos Paraguay S.A, duas das maiores produtoras de cigarro do Paraguai, e com um largo histórico de acusações de envolvimento com narcotráfico, o presidente Horácio Cartes (Partido Colorado) declarou na manhã desta quinta-feira (2) ser contra a legalização da maconha.
Por Mariana Serafini do Portal Vermelho
Enquanto o Uruguai se converte no primeiro país do mundo a legalizar a produção, venda e cultivo pessoal de maconha, na Organização das Nações Unidas (ONU) se fala cada vez mais em mudar a estratégia contra as drogas. Um rascunho interno do fórum mundial, que vazou no começo deste mês, revela intensos desacordos entre os países membros sobre a política da ONU em matéria de drogas.
Por Samuel Oakford, da IPS/Envolverde