A CPI do Cachoeira suspendeu os trabalhos até o final do primeiro turno das eleições municipais. O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), justificou que há dificuldades em garantir quorum neste momento em que vários congressistas estão nos Estados participando ou acompanhando as campanhas eleitorais.
Os procuradores da República em Goiás Léa Batista de Oliveira e Daniel Rezende, responsáveis pelos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, reafirmaram nesta terça-feira (21) em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, que a organização criminosa que seria chefiada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem caráter mafioso e cooptou agentes do Estado para manter suas atividades.
A CPI do Cachoeira aprovou, em sessão realizada nesta terça-feira (14), a reconvocação do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Preso desde fevereiro sob a acusação de comandar um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e uma rede de jogos ilegais, ele tem se mantido em silêncio desde a deflagração da Operação Monte Carlo.
A Polícia Federal descobriu que o empresário Carlinhos Cachoeira mantinha, até ser preso, ao menos cinco empresas de fachada no exterior. A PF sugere o aprofundamento das investigações sobre elas, sediadas na Flórida, nos Estados Unidos.
No momento em que o Congresso busca desvendar, por meio de uma CPMI, a rede de negócios do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, alimentados com recursos ilícitos, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (30) projeto que reforça o combate a crimes de lavagem de dinheiro.
Este trabalho pretende realizar uma aproximação à situação da lavagem de dinheiro e dos paraísos fiscais no continente americano, relacionado com o crime organizado transnacional, particularmente com o vinculado ao tráfico ilícito de drogas (TID).
Por Alejandro L. Perdomo Aguilera*