Combater o bom combate significa não replicar as opressões estruturais e não chafurdar no lamaçal que pertence a eles
Na defesa do ex-parlamentar o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA) afirmou que perseguições são traço do regime de exceção atualmente vivido pelo país
O líder indígena Raoni e a vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado no Rio de Janeiro, foram indicados nesta quinta-feira (19) pelo Parlamento Europeu ao prêmio Sakharov para a liberdade de consciência. Na lista de candidatos também estão a ambientalista e defensora dos direitos humanos Claudelice Silva dos Santos e o ex-deputado federal Jean Wyllys. Os nomes foram confirmados por vários grupos políticos.
A tradição da Assembleia Legislativa é de respeito aos parlamentares em relação às indicações para recebimento de comendas, medalhas e títulos. Ainda que eu não concorde com as indicações de meu colega Assumção em designar para recebimento de título de cidadão Espirito-Santense Jair Bolsonaro, Moro e etc., por que considerar, como alguns gostam de dizer, que “nada fizeram pelo Espírito Santo”, vou defender o seu direito de fazê-lo.
*Por Iriny Lopes
O PCdoB aprovou, nesta quarta-feira (30), nota de solidariedade ao deputado Jean Wyllys, que renunciou ao próximo mandato devido ameaças à sua vida e à de sua família. Para os comunistas, Wyllys é vítima do clima de ódio, de intolerância e de preconceito devido ao avanço da extrema direita e da propagação notícias falsas a seu respeito. O partido defende uma ampla unidade democrática “para organizar a resistência aos ataques à cidadania, à democracia e ao Estado Democrático de Direito”
As siglas protagonistas da esquerda brasileira se reuniram na noite da última terça-feira 29, na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, e, pelo menos por algumas horas, deixaram as divergências de lado.
Guilherme Boulos, Fernando Haddad, Manuela D'Ávila e Laerte Coutinho estão entre as personalidades que participam, nesta terça-feira (29), do ato público Tod@s Com Jean Wyllys: em defesa da democracia, promovido pelo Psol e pelo Centro Acadêmico Onze de Agosto, na Faculdade de Direito, no Largo São Francisco, centro de São Paulo, às 18h
O jornalista Fernando Brito revela que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, pressionado a dar uma resposta para o rumoroso exílio do deputado Jean Wyllys, pegou um caso na prateleira para tentar "provar" que o governo tomou providências e insinuar que Jean estaria mentindo quando diz que não se sente protegido. Mas ao que tudo indica, o preso exibido por Moro não tem relação com as ameaças ao deputado. "A mistificação só ajuda a dar razão ao que diz Jean Wyllys", conclui Brito.
Há uma unanimidade entre os que compõem a parte sensata do mundo político — e isso inclui desde o governador Flávio Dino até o vice-presidente Hamilton Mourão, passando por Rodrigo Maia e Ciro Gomes — todos eles concordam que a decisão do deputado Jean Wyllys de se auto-exilar e abdicar do mandato é um sintoma de que a democracia brasileira está sob risco e precisa ser defendida.
Publicações destacam clima crescente de homofobia no Brasil, rusgas do parlamentar com Bolsonaro e lembram de campanhas de difamação nas mídias sociais contra o deputado, lançadas por apoiadores do atual presidente.
Empatia, Solidariedade, Empatia, Solidariedade, Empatia, Solidariedade, Empatia, Solidariedade. Tornar estas palavras nosso mantra e nossa prática deveria ser a meta.
Por Leci Brandão
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), declarou que, se fosse em sua esfera, sua atitude com o deputado federal Jean Wyllys seria diferente da adotada pelo presidente e atuaria dentro dos parâmetros estabelecidos na Constituição Federal: em vez de piadas, como fez Bolsonaro, Dino ofereceria proteção ao deputado.