O cientista político Luis Fernandes avalia que as eleições legislativas de junho devem apontar para avanço da esquerda no parlamento francês, mas também uma recomposição da extrema-direita com o resultado de Marine Le Pen.
O especialista em Relações Internacionais, Alexandre Figueiredo avalia que Macron precisa cumprir sua promessa de incorporar demandas sociais para barrar de vez Marine Le Pen e sua farsa populista.
Eles podem anunciar o ponto de partida de uma próxima campanha (como Marine Le Pen em 2017) ou ser um instrumento de mobilização levantando esperanças de um futuro melhor e da manutenção da luta militante.
As abstenções eleitorais geralmente ocorrem entre eleitores menos favorecidos em renda e educação (informação) na Europa. Quando ela atinge os mais bem informados e capazes de escolher seu governo, algo novo está ocorrendo.
Mélenchon, que em cinco anos ganhou mais votos do que Marine Le Pen, foi a surpresa com parte dos votos preferindo Le Pen que nãopara de agregar para si o voto periférico.
Essa pode ser a eleição presidencial francesa mais incerta dos últimos anos. O suspense devido ao crescimento da líder da extrema direita Marine Le Pen nas pesquisas, à previsão de recorde de abstenção, além do apelo de candidatos pelo voto útil, marca o último dia de campanha antes da votação de domingo (10).
Durante o encontro, eles debateram o avanço da extrema direita no Brasil e no mundo e os desafios para o campo da esquerda no enfrentamento a esses setores